APRENDENDO COM OS ESPÍRITOS

Somos seres imortais, criados por Deus simples e ignorantes para que retornemos a ele simples e moral e intelectualmente evoluídos.

Cabe a cada um de nós o esforço contínuo no sentido de "modelarmos a nossa argila".

E esse trabalho de "modelagem" de nós mesmos arrasta séculos, milênios onde vamos lenta e gradualmente evoluindo moral e intelectualmente rumo ao Pai.

De acordo com a Doutrina Espírita, esse processo acontece por meio da reencarnação.

Vivemos portanto, nesse instante, uma das nossas milhares ou quem sabe milhoes de existências, no caminho de nossa evolução individual. Somos, portanto, obra inacabada de nós mesmos.

Se a semeadura é livre, mas a colheita é certa, então, inegavelmente, colhemos o que plantamos.

E plantamos e colhemos todos os dias, todos os momentos de nossa vida.

O bom plantio depende portanto de sabermos e nos esforçarmos para escolhermos as sementes certas, para que no futuro a colheita seja farta e de qualidade.

Isso não explica a lei da atração, da sintonia?

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo e não fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que a nós fosse feito, lembrando que não basta simplesmente não fazermos o mal, é preciso que nos esforcemos para fazer o bem.

Compreender é uma coisa; colocar esses ensinamentos em prática já é bem diferente...... Exige vontade e determinação!

A Doutrina Espírita nos ensina também que aquilo que chamamos de "sobrenatural" decorre do nosso pouco conhecimento das Leis Naturais que regem o universo.

>Sobrenatural, portanto, não existe.

Desta forma, o processo de intercâmbio entre os Planos Material e Espiritual torna-se compreensível e factível; em outras palavras, natural e possível.

E foi exatamente essa experiência que mudou radicalmente a minha forma de encarar a vida.

Essa tragetória se iniciou no ano de 2004, quando, para minha total surpresa, me deparei com o dom da psicografia.

Um mundo novo e até então inimaginável e incompreensível se abriu para mim.

Por meio desta nova forma de encarar a vida, descobri não só a existência do Plano Espiritual, mas também entendi como se dá esse intenso processo de intercâmbio entre os dois mundos, processo esse que permite que, enquanto encarnados, pela vontade de Deus, o nosso criador, possamos receber todo o apoio, incentivo e dedicação do Plano Espiritual para conosco no sentido de cumprirmos o nosso "Planejamento Reencarnatório" (O nosso "plano de vôo" para cada reencarnação, cujo cumprimento depende de nossas ações).

E por falar nele, que emocionante descobrir que o meu Planejamento Reencarnatório previa, em conjunto com a minha esposa a criação de uma Casa de Oracão e estudo da Doutrina Espirita, (acesse o blog do LEAC e conheça mais sobre a Casa, no endereço http://www.larespiritaaguasclaras.com.br/) voltada à cura e a assistencia a nossos irmaos encarnados e desencarnados.

Que experiência gratificante esta de poder ajudar, por meio da aplicacao de passes magnéticos, aos nossos irmaos encarnados que tanto precisam de auxílio para suas dores fisicas.

Que experiência facinante esta de poder ajudar, por meio de orientacao e pura doação de amor, aos nossos irmãozinhos desencarnados em estado de dor e sofrimento moral.

Enfim, esses são alguns dos ensinamentos que por meio do estudo sistemático das obras de Allan Kardec (O Codificador da Doutrina Espírita) vamos assimilando e tentando colocar em prática, mesmo que gradualmente.

A partir desses aprendizados e mediante as infindáveis experiências de intercâmbio com o Plano Espiritual, escrevi o livro " Aprendendo com os Espiritos", onde relato alguns conhecimentos adquiridos e também algumas das comunicações estabelecidas com o mundo espiritual.

Espero que este livro contribua para que você, assim como eu, também passe a encarar osa fatos e os objetivos da vida sob uma ótica diferente.

Boa leitura!!

COLABORE

TODA RENDA DESTE LIVRO É APLICADA NAS OBRAS SOCIAIS DO LEAC.

LIVRO APRENDENDO COM OS ESPIRITOS DE SILNEY DE SOUZA

R$8,00

Após a confirmação do pagamento, você receberá por e-mail, o livro APRENDENDO COM OS ESPÍRITOS em formato PDF.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A camisa "cor de tijolo"

Foi um daqueles comentários de corredor de empresa, que ouvi de um "colega de trabalho" (sem plagiar Silvio Santos) que me fez refletir mais profundamente sobre o tema. Disse ele: "Você esta elegante hoje". Não sei se realmente estava ou se ele apenas queria parecer simpático (a famosa fala número 22 do manual interno de recursos humanos).....

Vestia eu um terno marrom e uma camisa azul. Já me disseram outras vezes que eu ficava bem de camisa azul, embora eu já tivesse ouvido também que camisa azul "lembra os motoristas de ônibus da CMTC" e os "mais tempo jovens", principalmente se forem paulistanos, vão se lembrar dos ônibus da Companhia Municipal de Transportes Coletivos que eu mesmo, muitas vezes, peguei com a minha avó, durante a minha infância e adolescência, para ir treinar basquete no Clube Esperia ou para assistir no Centro da cidade ao filme de ferias de "Os Trapalhões", com Didi, Dede e os finados muçum e Zacarias. Puxa bons tempos aqueles...

Mas voltando aos dias atuais, o comentário recebido do meu "colega de trabalho, ai, aaaaiiii" poderia ter sido muito bom e passado praticamente despercebido, se tivesse ele parado por ai. No entanto, o comentário foi seguido da frase "muito melhor do que aquela camisa cor de tijolo que você usa às vezes”.

Sei que muitos ao lerem esse artigo vão achar que eu fiquei magoado, melindrado ou qualquer ou "ado" com o comentário deste ...., meu colega, mas, sinceramente não foi o caso aqui.

Mas algo neste episódio, que a nossa vã filosofia não consegue explicar, despertou em mim algumas reflexões. Posso estar exagerando? Provavelmente sim. Mas, vamos a elas...

Vivemos um momento econômico diferenciado na história deste país. Temos gordos (sei que o termo politicamente correto é obeso) no Brasil! Passeando pela rua do comercio central de Bragança Paulista me chamou à atenção a quantidade de lojas com placas de "Precisa-se", demonstrando que as oportunidades de emprego estão a todo vapor. Temos mais pessoas que conseguiram juntar o seu primeiro milhão e temos as classes menos favorecidas galgando rapidamente o status de classe média. Temos uma geração melhor formada do ponto de vista intelectual. Jovens que já tiveram a oportunidade de conhecer outras culturas, que falam outras línguas, que tem acesso a tudo pela internet. Enfim, parece que a vida está ficando mais fácil. Sim, mais fácil no que se refere ao conforto, mas talvez muito mais difícil no que se refere a real felicidade. Lembremos do dito popular de que "tudo que vem fácil vai fácil". E esse parece ser o perfil das famílias nesse momento, onde os pais literalmente "ralam" para dar de tudo, materialmente falando, aos seus filhos, que, por sua vez pouco ou quase nada valorizam o que recebem (embora peçam, queiram e até exijam), afinal tudo é muito descartável.

As coisas são descartáveis; as pessoas são descartáveis. Tornamo-nos “produtos" a serem consumidos até a última gota de vida pelas organizações. E na qualidade de produtos, devemos estar muito bem embalados (de camisa azul ou branca o senhor/a senhora prefere?). A mesma hipocrisia e falta total de diálogo, companheirismo e relacionamento fraterno que vivenciamos muitas vezes em nossos próprios lares! Não há espaço para termos problemas; tudo tem que aparentar estar impecavelmente bem.

Dificuldades? Sinônimo de incompetência!

Preocupações? Sinônimo de desmotivação!

Anda calado? Falta de habilidade no relacionamento com as pessoas!

Estas priorizando a vida pessoal e familiar? Não está comprometido com a empresa!

E por ai vai...

Fomos promovidos ao status de andróides programados para estarmos sempre alegres e sorridentes, sempre motivados, pro - ativos, nos relacionando excepcionalmente bem com todos, excedendo as expectativas, superando as metas, surpreendendo aos clientes! Alta motivação e desempenho extraordinária!

Pergunto-me onde ficou o ser humano? Até quando sufocaremos os nossos reais sentimentos e jogaremos hipocritamente para debaixo do tapete toda a realidade de sentimentos, dificuldades e preocupações que nos afligem?

Somos "produtos" que constróem a falsa idéia de felicidade produzindo e consumindo cada vez mais novos produtos. Seria por esta razão que a depressão é a doença do século? Estaria ai o motivo pelo qual as clínicas de tratamento de dependentes químicos estão cada vez mais lotadas? Seria este o motivo de vermos pais cada vez mais preocupados e desesperados com o futuro dos seus filhos?

Lembro-me do exemplo de Jesus, que foi o maior líder e formador de equipes da historia da humanidade. Conseguiu formar uma equipe de 12 pessoas que não possuíam nenhuma formação (pelo que consta Judas, justamente ele, é quem era um pouco mais instruído), no entanto, o trabalho que realizou perdura por mais de dois mil anos! Cristo despertou em seu time a paixão pelo trabalho e o comprometimento pessoal na busca de resultados pela simples consciência de que esse era caminho a ser seguido!

Não se tratava de fazer o bem pelo bem, mas de fazer o bem porque esse sempre foi o caminho, a verdade e a vida.

E para onde levamos esse homem??!!! Suas derradeiras palavras foram, perdoai-os Pai, porque eles não sabem o que fazem. Talvez para que pudéssemos ter alguma noção do que fazer tomamos conhecimento, aos séculos depois, do Amai-vos e Instruí-vos como nos ensinou o espírito Verdade.

Muito se fala, muito se escreve sobre o amor. O amor talvez pudesse ser entendido como a sintonia mais fina, a freqüência mais precisa que nos permite nos aproximarmos do Pai, a grande fonte transmissora do amor. Somos ao mesmo tempo receptores e transmissores desse sentimento mais puro. Mas para que essa conexão se estabeleça precisamos ajustar os nossos aparelhos. E o ajuste de freqüência depende exclusivamente de cada um de nós. Sejamos esse aparelho sintonizado ao amor e a prática do bem. Esse é um esforço individual e assim sendo em muito depende das ações e principalmente do pensamento de cada um de nós. Instrui-vos sim, mas nos esforcemos na prática do amor, da caridade e do bem ao próximo. Para refletirmos não?

Mas, tudo bem; se preferir continue dando muita atenção à cor da camisa que você vai embalar seu produto hoje!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

APRENDENDO COM OS ESPÍRITOS

Somos seres imortais, criados por Deus simples e ignorantes para que retornemos a ele simples e moral e intelectualmente evoluídos. 

Cabe a cada um de nós o esforço contínuo no sentido de "modelarmos a nossa argila". 
E esse trabalho de "modelagem" de nós mesmos arrasta séculos, milênios onde vamos lenta e gradualmente evoluindo moral e intelectualmente rumo ao Pai. De acordo com a Doutrina Espírita, esse processo acontece por meio da reencarnação.

Vivemos portanto, nesse instante, uma das nossas milhares ou quem sabe  milhoes de existências, no caminho de nossa evolução individual. Somos, portanto, obra inacabada de nós mesmos.

Se a semeadura é livre, mas a colheita é certa, então, inegavelmente, colhemos o que plantamos. E plantamos e colhemos todos os dias, todos os
momentos de nossa vida. O bom plantio depende portanto de sabermos e nos esforçarmos para escolhermos as sementes certas, para que no futuro a colheita seja farta e de qualidade. Isso não explica a lei da atração, da
sintonia?

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo e não fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que a nós fosse feito, lembrando que
não basta simplesmente não fazermos o mal, é preciso que nos esforcemos para fazer o bem.

Compreender é uma coisa; colocar esses ensinamentos em prática já é bem diferente...... Exige vontade e determinação!

A Doutrina Espírita nos ensina também que aquilo que chamamos de "sobrenatural" decorre do nosso pouco conhecimento das Leis Naturais que regem o universo. Sobrenatural, portanto, não existe.

Desta forma, o processo de intercâmbio entre os Planos Material e Espiritual torna-se compreensível e factível;  em outras palavras, natural
e possível.

E foi exatamente essa experiência que mudou radicalmente a minha forma de encarar a vida.

Essa tragetória se iniciou no ano de 2004, quando, para minha total surpresa, me deparei
com o dom da psicografia.

Um mundo novo e até então inimaginável e incompreensível se abriu para mim.

Por meio desta nova forma de encarar a vida, descobri não só a existência do Plano Espiritual, mas também entendi como se dá esse intenso processo de
intercâmbio entre os dois mundos, processo esse que permite que, enquanto
encarnados,  pela vontade de Deus, o nosso criador, possamos receber todo o apoio, incentivo e dedicação do Plano Espiritual para conosco no sentido de
cumprirmos o nosso "Planejamento Reencarnatório" (O nosso "plano de vôo" para cada reencarnação, cujo cumprimento depende de nossas ações).

E por falar nele, que emocionante descobrir que o meu Planejamento Reencarnatório previa, em conjunto com a minha esposa a criação de uma Casa de Oracão e estudo da Doutrina Espirita, (acesse o blog do LEAC e conheça mais sobre a Casa, no endereço http://www.larespiritaaguasclaras.com.br/) voltada à cura e a assistencia a
nossos irmaos encarnados e desencarnados.

Que experiência gratificante esta de poder ajudar, por meio da aplicacao de passes magnéticos, aos nossos irmaos encarnados que tanto precisam de auxílio para suas dores fisicas.

Que experiência facinante esta de poder ajudar, por meio de orientacao e pura doação de amor, aos nossos irmãozinhos desencarnados em estado de dor
e sofrimento moral.

Enfim, esses são alguns dos ensinamentos que por meio do estudo sistemático das obras de Allan Kardec (O Codificador da Doutrina Espírita) vamos
assimilando e tentando colocar em prática, mesmo que gradualmente.

A partir desses aprendizados e mediante as infindáveis experiências de intercâmbio
com o Plano Espiritual, escrevi o livro " Aprendendo com os Espiritos", onde relato alguns conhecimentos adquiridos e também algumas das comunicações estabelecidas com o mundo espiritual.

Espero que este livro contribua para que você, assim como eu,  também passe a encarar osa fatos e os objetivos da vida sob uma ótica diferente.

O livro, em versão eletrônica está  disponível para compra no blog do leac (http://www.larespiritaaguasclaras.com.br/) e em versao impressa no site
(http://www.agbook.com.br/book/34601--APRENDEDO_COM_OS_ESPIRITOS).

A renda obtida com a venda desta obra é totalmente destinada às obras sociais do LEAC - Lar Espírita Águas Claras.

Boa leitura!!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

MENSAGEM PSICOFÔNICA DE BEZERRA DE MENEZES







Está circulando na internet uma mensagem psicofônica que teria sido recebida de Bezerra de Menezes, (espírito) transmitida por Divaldo Franco, em Los Ângeles, em 13.11.2010. Como pessoalmente desconheço a origem e a confiabilidade de mensagens que nos chegam todos os dias por esse canal de comunicação, lembro e recomendo fazer sempre, bom uso de nossa análise crítica e da razão, como nos ensinou Kardec. No entanto, é incontestável, que a mensagem toca em temas importantes e atuais. Segue a mensagem:

"Meus filhos: Que Jesus nos abençoe. A sociedade terrena vive, na atualidade, um grave momento mediúnico no qual, de forma inconsciente, dá-se o intercâmbio entre as duas esferas da vida. Entidades assinaladas pelo ódio, pelo ressentimento, e tomadas de amargura cobram daqueles algozes de ontem o pesado ônus da aflição que lhes tenham proporcionado. Espíritos nobres, voltados ao ideal de elevação humana sincronizam com as potências espirituais na edificação de um mundo melhor. As obsessões campeiam de forma pandêmica, confundindo-se com os transtornos psicopatológicos que trazem os processos afligentes e degenerativos. Sucede que a Terra vivencia, neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração. Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hediondez do sentimento e das emoções. As glórias das conquistas do intelecto esmaecem diante do abismo da crueldade, da dissolução dos costumes, da perda da ética, e da decadência das conquistas da civilização e da cultura...

Não seja, pois, de estranhar que a dor, sob vários aspectos, espraia-se no planeta terrestre não apenas como látego, mas, sobretudo, como convite à reflexão, como análise à transitoriedade do corpo, com o propósito de convocar as mentes e os corações para o ser espiritual que todos somos.

Fala-se sobre a tragédia do cotidiano com razão. As ameaças de natureza sísmica, a cada momento tornam-se realidade tanto de um lado como de outro do planeta. O crime campeia a solta e a floração da juventude entrega-se, com exceções compreensíveis, ao abastardamento do caráter, às licenças morais e à agressividade. Sucede, meus filhos, que as regiões de sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali ficaram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na grande transição, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm entregado. E esses, que teimosamente permanecem no mal, a benefício próprio e do planeta, irão ao exílio em orbes inferiores onde lapidarão a alma auxiliando os seus irmãos de natureza primitiva, como nos aconteceu no passado.

Por outro lado, os nobres promotores do progresso de todos os tempos passados também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquistas, não só da inteligência e da tecnologia de ponta, mas também dos valores morais e espirituais. Ao lado deles, benfeitores de outra dimensão emboscam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem esses verdugos da sociedade. Aos médiuns cabe a grande tarefa de ser ponte entre as dores e as consolações. Aos dialogadores cabe a honrosa tarefa de ser, cada um deles, psicoterapeutas de desencarnados, contribuindo para a saúde geral. Enquanto os médiuns se entregam ao benefício caridoso com os irmãos em agonia, também têm as suas dores diminuídas, o seu fardo de provas amenizadas, as suas aflições contornadas, porque o amor é o grande mensageiro da misericórdia que dilui todos os impedimentos ao progresso – é o sol da vida, meus filhos, que dissolve a névoa da ignorância e que apaga a noite da impiedade. Reencarnastes para contribuir em favor da Nova Era. As vossas existências não aconteceram ao acaso, foram programadas. Antes de mergulhardes na neblina carnal, lestes o programa que vos dizia respeito e o firmastes, dando o assentimento para as provas e as glórias estelares. O Espiritismo é Jesus que volta de braços abertos, descrucificado, ressurreto e vivo, cantando a sinfonia gloriosa da solidariedade. Dai-vos as mãos!

Que as diferenças opinativas sejam limadas e os ideais de concordância sejam praticados. Que, quaisquer pontos de objeção tornem se secundários diante das metas a alcançar. Sabemos das vossas dores, porque também passamos pela Terra e compreendemos que a névoa da matéria empana o discernimento e, muitas vezes, dificulta a lógica necessária para a ação correta. Mas ficais atentos: tendes compromissos com Jesus. Não é a primeira vez que vos comprometestes enganando, enganado-vos. Mas esta é a oportunidade final, optativa para a glória da imortalidade ou para a anestesia da ilusão. Ser espírita é encontrar o tesouro da sabedoria. Reconhecemos que na luta cotidiana, na disputa social e econômica, financeira e humana do ganha-pão, esvai-se o entusiasmo, diminui a alegria do serviço, mas se permanecerdes fiéis, orando com as antenas direcionadas ao Pai Todo-Amor, não vos faltarão a inspiração, o apoio, as forças morais para vos defenderdes das agressões do mal que muitas vezes vos alcança. Tende coragem, meus filhos, unidos, porque somos os trabalhadores da última hora, e o nosso será o salário igual ao do jornaleiro do primeiro momento. Cantemos a alegria de servir e, ao sairmos daqui, levemos impresso no relicário da alma tudo aquilo que ocorreu em nossa reunião de santas intenções: as dores mais variadas, os rebeldes, os ignorantes, os aflitos, os infelizes, e também a palavra gentil dos amigos que velam por todos nós.

Confiando em nosso Senhor Jesus Cristo, que nos delegou a honra de falar em Seu nome, e em Seu nome ensinar, curar, levantar o ânimo e construir um mundo novo, rogamos a Ele, nosso divino Benfeitor, que a todos nos abençoe e nos dê a Sua paz. São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre, Bezerra."

AS VARIAS FACES DO ORGULHO

AS VÁRIAS FACES DO ORGULHO




Hoje vamos tratar especificamente desta chaga da humanidade denominada “Orgulho” e das suas diversas formas de se apresentar.



O Evangelho Segundo o Espiritismo já nos ensina que o Egoísmo e o Orgulho são os “pais” de todos os nossos males e que, portanto, todas as nossas necessidades de aprimoramento moral são “meras derivações” desses males.



Vejamos algumas faces, pelas quais o orgulho se nos apresenta:



. Na dissimulação, por não nos aplicarmos em sermos quem realmente somos, sem dissimulações e procurando nos amar como realmente somos;



. Na inveja, por não admitirmos que alimentamos tais sentimentos e por não procurarmos enfrentá-lo com determinação, humildade e dignidade;



. No melindre, por não suportarmos sermos criticados;



. Na indiferença, por não respeitarmos as ocasiões de sucessos e insucessos de nossos semelhantes;



. Na vaidade, por não nos aceitarmos como somos e por não procurar fazer o melhor que podemos para a nossa melhoria;



. No desprezo, quando não conseguimos compreender que na visão de Deus, tudo tem o seu devido valor, por mais difícil que seja compreendermos;



. No personalismo, por não praticarmos a abnegação em nossas atitudes;



. No preconceito, por não realizarmos análises flexíveis e imparciais;



. Na presunção, por não entendermos que a as opiniões das outras pessoas devem ser escutadas e estudadas, com o objetivo de contribuírem para a nossa evolução;



. Na pretensão, por não praticarmos o bem ao próximo sem esperarmos algo em troca;



. Na falsa modéstia, por não praticarmos a verdadeira simplicidade;



Somente a reforma moral, realizada à custa de muito esforço individual ao longo das nossas diversas encarnações, nos permitirá a gradual libertação deste quadro de dor, sofrimento e trevas.



O Pai, hábil médico das almas, nos proporciona as situações cotidianas e os amargos remédios necessários à nossa conscientização e mudança. Medicamentos e lições que nem sempre estamos dispostos a receber.



Jesus, humilde e caridoso por essência nos deixou os ensinamentos e os exemplos necessários à superação desses obstáculos à nossa evolução moral.



Esforcemo-nos por coloca-las em prática em nossa vida cotidiana!







TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA

TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA...




Hoje vou contar uma história. Era uma vez, num certo dia, há bilhões de anos, em que Deus, nosso Pai de amor e misericórdia, acordou com uma vontade incontrolável de criar novos mundos. Disse Ele então: Que se faça a luz!



Imediatamente, uma enorme bola de fogo se criou e dela se desprenderam diversos pedaços. Estava criado o Sol e os planetas do Sistema Solar. Ai, então, Deus pensou: Preciso arrumar gente pra botar ordem em toda essa bagunça que eu acabei de fazer. Para cuidar de um desses planetas, um tal de planeta Terra, Deus convocou Jesus, que já era um filho mais velho e mais experiente, e lhe disse: “Jesus, tome conta deste planeta pra mim. Ai será um local de provas e expiações!” Foi então que Jesus pensou: “Esse Deus me mete em cada encrenca! Mas não falou nada, afinal, ordem de Deus é pra ser cumprida!” Pensou ainda Jesus: “E esse negócio tá quente pacas! Acabou de sair do forno! Primeiro vou ter que esfriar tudo isso.”



E foi assim que Jesus, responsável pelo nosso planeta, planejou cada uma de suas etapas, até que o planeta estivesse em condições de receber a raça humana. E foram várias as etapas, cuidadosamente planejadas e executadas ao longo de bilhões de anos.



No momento adequado, Jesus envolveu, temporariamente, todo o planeta com uma substância chamada protoplasma, que combinada aos elementos que o planeta já continha, foi dando origem a vida de diversas espécies vegetais e animais, espalhadas por todo o planeta. No momento planejado Jesus comunicou a Deus, então, que o planeta já estava totalmente pronto para o surgimento da raça humana. Foi ai que Deus disse o seguinte: “Jesus, vou providenciar imediatamente a criação dos espíritos que vão habitar esse planeta. Todos terão em sua consciência as minhas leis, mas eles serão criados simples e ignorantes. A sua tarefa é devolvê-los a mim simples e moral e intelectualmente evoluídos.”



Jesus pensou: “Isso vai ser bico! Rapidinho vou estar bem com o Chefe!”



Algum tempo depois, conversando com os governadores de outros planetas, Cristo ficou sabendo que em Capela haveria certo "expurgo", pois tinha uma turminha lá que insistia em fazer coisas erradas. Jesus pediu então ao Governador de Capela, para receber no planeta Terra esses Capelinos rebeldes. A lógica era a seguinte: Eles podiam ser teimosos, mas iriam ajudar muito os habitantes da Terra do ponto de vista intelectual. A vinda desses capelinos para o nosso planeta impulsionou muito a evolução intelectual no planeta Terra. Eles também formaram vários povos, bem rapidinho. O homem desenvolveu a vida em grupos, as armas para caçar, o fogo, etc. Mas como nem tudo são flores, eles trouxeram também uma serie de vícios morais ao planeta.



Gradativamente Deus foi criando mais e mais espíritos e a população ligada ao planeta passou dos bilhões. Jesus foi se dando conta então de que botar a raça humana no trilho não seria uma tarefa tão fácil como ele tinha imaginado inicialmente. Aconselhou-se com Deus e Este disse: “precisamos por regras!”



Vou enviar os meus 10 mandamentos pra lá imediatamente. E assim procedeu. Mais algum tempo se passou e vendo que, apesar dos mandamentos de Deus a coisa aqui não mudava muito, Jesus pensou: “nada como o olho do dono para o negócio funcionar. Eu vou até lá pra ensinar umas coisinhas pra essa turma!”



E assim ele fez. Estando entre os homens, Jesus preocupou-se em deixar todo um legado de ensinamentos morais, calcados no amor e na caridade. Só aceitou ser chamado de Mestre, o único titulo que ele permitiu ser chamado, e resumiu as suas lições em uma pequena palavra de apenas quatro letras: O Amor! E sintetizou os seus ensinamentos em uma frase: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo!



Mas parece que a turma que estava encarnada naquela época não conseguiu entender muito bem qual era a de Jesus e resolveu se livrar dele. Como se isso fosse possível......



Foi ai que ele disse: “onde houver duas ou mais pessoas em meu nome lá eu também estarei”. Mas e se só tiver uma? Ele também lá estará, mas Cristo queria que nos reuníssemos em seu nome, por isso disse duas ou mais. No momento derradeiro, sabendo da nossa pouca evolução moral ainda, ele pediu ao Pai: "Perdoai-os Pai, pois eles não sabem o que fazem”.



Passaram-se mais de 2 mil anos da vinda de Jesus ao planeta e os seus ensinamentos ainda são pouco compreendidos e praticados. O problema é que embora lentamente, tudo deve evoluir e esta se aproximando o momento em que, a exemplo de Capela, o nosso planeta precisa mudar de estagio, deixando de ser um planeta de provas e expiações e passando a ser um mundo de regeneração.



E assim como aconteceu em Capela, quem não tiver evoluído o suficiente não vai poder ficar por aqui, sendo "realocado" a algum outro planeta compatível ao seu nível moral, nas milhões de moradas do Pai. E a mudança está próxima. Ramatis teoriza a verticalização do eixo da terra. (que já esta gradualmente acontecendo). Civilizações antigas têm seu calendário apontando para 2012. Teorias e especulações sobre o fim dos tempos não faltam, nas mais diversas culturas e religiões, mas assim como o circulo, o fim de um ciclo representa o inicio de outro.



E que seja um novo ciclo de paz, de evolução e de amor para toda a raça humana ligada ao planeta Terra.



O INSTINTO E A INTELIGÊNCIA

O INSTINTO E A INTELIGÊNCIA




Deparei-me recentemente com alguns vídeos recebidos via “e-mail” que apresentavam certos comportamentos intrigantes de certos animais. Em um desses vídeos o felino após atacar e matar uma macaca cuida do filhote, que nasce no momento do ataque sofrido pela mãe, como se fosse seu próprio filho. Intrigante ver um felino cuidando de um pequeno babuíno, quando o “instinto” e a ação por nós esperada seria a do ataque e morte também do filhote.

Exemplos, tão ou mais intrigantes do que esse não faltam. Consultando a Gênese, me deparo com a seguinte questão:

Que diferença existe entre o instinto e a inteligência? Onde termina um e começa a outra? Será o Instinto uma inteligência rudimentar, ou uma faculdade distinta, um atributo exclusivo da matéria?

“O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos à realização de atos espontâneos e involuntários, em vista à sua conservação. Nos atos instintivos, não há reflexão, nem premeditação.....”

Nos ensina ainda a Gênese que: “O instinto é um guia seguro, sempre bom; num certo tempo, pode tornar-se inútil, porém jamais nocivo; enfraquece, pela predominância da inteligência.”

“A inteligência se revela por atos voluntários, refletidos, premeditados, combinados, segundo a oportunidade das circunstâncias. Incontestavelmente, isto é um atributo exclusivo da alma. Todo ato maquinal é instintivo; o que denota reflexão, combinação, uma deliberação, é intelectivo; um é livre o outro não o é. O instinto é um guia seguro, que jamais se engana; a inteligência, pelo fato de ser livre, é por vezes sujeita a erro.”

“Se observarmos os efeitos do instintivo, nota-se a princípio uma unidade de vista e de conjunto, uma segurança de resultados que não existem mais, desde que o instinto seja substituído pela inteligência livre; além disso, na adequação tão perfeita e tão constante das faculdades instintivas às necessidades de cada espécie, reconhecemos uma profunda sabedoria. Esta unidade de vistas não poderia existir sem a unidade de pensamento, e a unidade de pensamento é incompatível com a diversidade das aptidões individuais; somente ela poderia produzir este conjunto tão perfeitamente harmonioso que se estende desde a origem dos tempos e em todos os climas, com regularidade e precisão matemáticas, sem falhar jamais. A uniformidade no resultado das faculdades instintivas é um traço característico, que implica necessariamente na unicidade da causa; se esta causa fosse inerente a cada individualidade, haveria tantas variedades de instinto quantos indivíduos há, desde a planta até o homem. Um efeito geral, uniforme e constante, deve ter uma causa geral, uniforme e constante; um efeito que demonstra a sabedoria e a previdência deve ter uma causa sábia e previdente. Ora, uma causa sábia e previdente será necessariamente inteligente, e não pode ser exclusivamente material. Não se encontrando nas criaturas, encarnadas ou desencarnadas, as qualidades necessárias para produzir tal resultado, é preciso subir mais alto, isto é, ao próprio Criador. Se nos reportarmos à explicação que foi dada sobre a maneira pela qual se pode conceber a ação providencial (Cap.II, nº 24), se figurarmos todos os seres como penetrados pelo fluido divino, soberanamente inteligente, logo se compreenderá a sabedoria previdente e a unidade de vistas que presidem a todos os movimentos instintivos para o bem de cada indivíduo. Essa solicitude é tanto mais ativa quanto o indivíduo tenha menos recursos em si mesmo e em sua própria inteligência; é por isso que ela se mostra maior e mais absoluta com os animais e com os seres inferiores do que com o homem.”

Kardec reconhece a complexidade do tema ao concluir que: “Todas essas maneiras de considerar o instinto são necessariamente hipotéticas, e nenhuma delas tem um caráter suficiente de autenticidade para ser dada como solução definitiva. A questão será certamente resolvida algum dia, quando se houver reunido os elementos de observação que agora ainda faltam; até então, é preciso que nos limitemos a apresentar as opiniões diversas ao cadinho da razão e da lógica e aguardar que se faça a luz; a solução que mais se aproxima da verdade será necessariamente aquela que melhor corresponda aos atributos de Deus, isto é, à sua soberana bondade e à sua soberana justiça (Cap. II, nº 19).”



AFINIDADE

AFINIDADE


Segundo Arthur da Távola: “Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem ao tempo e ao depois. Não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido. Ter afinidade com alguém é muito raro. Mas, quando existe, não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. Afinidade é sentir com, não é sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber."

Segundo a Doutrina Espírita, somos seres imortais, o que significa dizer que tivemos um início no momento em que fomos criados por Deus, mas não teremos fim. Estamos “fadados” à felicidade infinita ao lado do Criador, mas Deus quer que nós mesmos “modelemos a nossa argila”. É por esta razão que vamos, lenta e gradualmente, evoluindo moral e intelectualmente por meio do processo da reencarnação.

Mas qual é o vínculo então entre a frase de Arthur da Távola e o conceito das reencarnações sucessivas descritas no parágrafo acima?

Muito simples; Ao longo das diversas existências corpóreas, tivemos e teremos a oportunidade de nos relacionarmos com uma infinidade de pessoas. Por afinidade, nos ligamos a muitas dessas pessoas ao longo dessas diversas experiências. Muitas delas já foram nossos parentes ou amigos próximos em existências passadas; com outras, no entanto não conseguimos ainda desenvolver o mesmo grau de afinidade. Talvez esse seja o fato que explique o porquê muitas vezes ao conhecermos certas pessoas tenhamos a impressão de que já somos amigos há muitos e muitos anos, enquanto em relação a outras sentimos repulsa. Seriam esses nossos inimigos do passado? Ou estariam essas pessoas simplesmente vibrando em uma faixa diferente da nossa?

Como nos explica o Evangelho Segundo o Espiritismo: Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consangüíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências. (Cap. IV, nº 13.)



Nos ensina ainda o Evangelho: Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe. A hostilidade que lhe moviam seus irmãos se acha claramente expressa em a narração de São Marcos, que diz terem eles o propósito de se apoderarem do Mestre, sob o pretexto de que este perdera o espírito. Informado da chegada deles, conhecendo os sentimentos que nutriam a seu respeito, era natural que Jesus dissesse, referindo-se a seus discípulos, do ponto de vista espiritual: "Eis aqui meus verdadeiros irmãos." Embora na companhia daqueles estivesse sua mãe, ele generaliza o ensino que de maneira alguma implica haja pretendido declarar que sua mãe segundo o corpo nada lhe era como Espírito, que só indiferença lhe merecia. Provou suficientemente o contrário em várias outras circunstâncias.

POR QUE DOUTRINA ESPÍRITA?





Ainda existe, apesar de toda literatura atualmente disponível, certa falta de informação e/ou confusão quando o tema é a Doutrina Espírita. Para melhor entendermos esses conceitos, precisamos primeiro conhecer Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita.

E o que significa Codificar uma Doutrina?

Codificar significa reunir, agrupar em um único lugar os conhecimentos relacionados a certo tema. Kardec não criou a Doutrina Espírita, mas, por assim dizer, organizou o ensinamento recebido dos Espíritos em diversos livros. Os principais, aqueles que compõem o Pentateuco da Doutrina Espírita são “O Livro dos Espíritos”, “O Evangelho Segundo O Espiritismo”, “O Livro dos Médiuns”, “A Gênese” e “O Céu e o Inferno”. Há ainda outros livros relacionados ao tema, com destaque para “A Revista Espírita”, mas os principais são esses que compõem o chamado Pentateuco. Se você quer se informar mais sobre a Doutrina Espírita, deve ler e estudar, no mínimo esses cinco livros.

Por que Allan Kardec atribuiu o nome de Doutrina Espírita?

A Doutrina é dos Espíritos. E isso porque foi revelada por eles, a muitos médiuns, em inúmeros lugares, simultaneamente:

"(...) a Doutrina dos Espíritos não é de concepção humana. Foi ditada pelas próprias inteligências que se manifestam, quando ninguém disso cogitava, quando até a opinião geral a repelia. (...) Perguntamos ainda mais: por que estranha coincidência milhares de médiuns espalhados por todos os pontos do globo terráqueo, e que jamais se viram, acordaram em dizer a mesma coisa?"



Allan Kardec não aceitava tudo que vinha dos Espíritos - nem recomenda que o façamos -, submetendo seus ensinos ao crivo da razão, aplicando o preceito de Jesus:

"Meus bem-amados, não creiais em qualquer Espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus, porquanto muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." (I Jo, 4:1)

Kardec utilizou na Codificação do Espiritismo o "Controle universal do ensino dos Espíritos", conforme se lê em "O Evangelho Segundo o Espiritismo" item "2 - Autoridade da Doutrina Espírita".



Afirmou ser progressiva a Terceira Revelação, mas publicou - "Revista Espírita", agosto/1861, mensagem "Da influência moral dos médiuns nas comunicações", Espírito Erasto: "Mais vale repelir dez verdades que admitir uma só mentira, uma só teoria falsa." Máxima também repetida em "O Livro dos Médiuns"

Em muitas partes de sua obra, o codificador recomenda-nos submeter a um exame severo as comunicações dos Espíritos, como, por exemplo, nos itens 266 e 267, de "O Livro dos Médiuns".

Desaconselhável, pois, a crença cega no que dizem os mentores. O ideal é estudar mais e buscar respostas nas obras confiáveis, já existentes, transmitidas por médiuns de reconhecida idoneidade.

A Doutrina Espírita não é obra acabada, nem tampouco se encontra sedimentada em verdades absolutas. É uma Doutrina em constante evolução e requer dos seus seguidores e simpatizantes empenho nos estudos e constante atualização.







APOMETRIA E ESPIRITISMO

APOMETRIA E ESPIRITISMO




Tentarei, neste artigo, demonstrar as principais razões que fundamentam a conclusão de que Apometria não pode ser classificada como uma técnica alinhada com os princípios da Doutrina Espírita.

Para podermos melhor entender no que consiste esta prática, vamos analisar certas afirmações da Apometria frente à razão.

Segundo a definição de alguns dos seus defensores, a Apometria seria um passo avançado do Movimento Espírita, considerando então que o seu codificador, Allan Kardec, já estaria ultrapassado. No entanto, cabe salientar que a técnica da Apometria tem como foco principal o afastamento de obsessores. Observemos que a Doutrina Espírita, quando analisada no tripé de Ciência, Filosofia e Religião, é infinitamente mais ampla, não sendo, portanto, Apometria e Espiritismo “coisas” comparáveis, sob essa ótica. Referindo-se ao Espiritismo, Allan Kardec nos indaga em “O Livro dos Espíritos”: "Como pretender-se em algumas horas adquirir a Ciência do Infinito?"

A mediunidade não é patrimônio exclusivo da Doutrina Espírita e muitas práticas alheias ao Espiritismo a utilizam. A Apometria afirma que, após submetidos à técnica, os nossos adversários (obsessores) seculares concederiam o perdão quase que instantaneamente. Afirmam os defensores da Apometria que pela técnica do desdobramento e o uso de pulsos de energia, a entidade espiritual sofredora e vingativa é transportada no tempo, ao passado e ao futuro, perdoando em poucos segundos, esquecendo o ódio de séculos ou milênios. Essa afirmação contraria à própria natureza humana e a necessidade de reforma íntima.

Outro fato a ser analisado com ainda mais critério e cuidado por não encontrar qualquer respaldo na Doutrina Espírita, seria a afirmação de que há, na Apometira, a incorparação de vários “corpos”, de uma só personalidade, encarnada ou não, em vários médiuns que sofrem um processo de doutrinação coletiva e simultânea, na “manifestação desses corpos”.

Na aplicação das técnicas da Apometria, o diálogo construtivo e fraterno, normalmente adotado pelos “doutrinadores espíritas” nos trabalhos de desobssessão, foi substituído por muita sonoridade e gesticulação espalhafatosa, sob a argumentação de que o som serve de veículo para a energia.

Essa argumentação é também totalmente incompatível com a filosofia espírita, onde o trabalho desenvolvido é antes de tudo, por assim dizer, mental.

De acordo com a Apometria, obsessores arrancados do campo mental do obsediado "a fortiori" seriam enviados a dimensões extra-físicas. Lembramos, no entanto, que a ausência de amparo aos nossos irmãozinhos enfermos, em certos casos, apenas determinará a mudança de local dos obsessores, podendo ainda propiciar a admissão de novos “inquilinos” na “casa mental” desocupada do obsediado.



Lembra-nos ainda Kardec, em “O Livro dos Médiuns” que: "Não imaginais o que se pode obter numa reunião séria, de onde se haja banido todo sentimento de orgulho e de personalismo e onde reine perfeito o de mútua cordialidade."

A apometria, especialmente por suas leis e rituais, não é técnica que se enquadra nos princípios doutrinários espíritas, codificados por Allan Kardec não sendo, portanto, uma prática Espírita.







DIFERENÇAS ENTRE RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE

Diferenças entre Religião (Institucional) e Espiritualidade




Religião não é apenas uma, são centenas de instituições.

Espiritualidade é apenas uma – uma percepção, uma sensibilidade.

Religião é para os que ainda “dormem”.

Espiritualidade é para os que já “despertaram”.



Religião é para aqueles que necessitam que lhes diga o que fazer, que ainda necessitam de ser guiados.

Espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.

Religião tem um conjunto de regras dogmáticas.

Espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo.

Religião não indaga, nem questiona.

Espiritualidade questiona tudo.

Religião inventa (dogmas).

Espiritualidade descobre.



Religião pode impor, ameaçar e amedrontar.

Espiritualidade te dá Paz Interior.

Religião fala de pecado e de culpa.

Espiritualidade te diz: “aprende com o erro”.



Religião reprime, pode te fazer falso.

Espiritualidade transcende e te faz verdadeiro!

Religião (institucional) não é Deus, é meio.

Espiritualidade é Tudo e, portanto, é Deus.



Religião é humana, é uma organização com regras.

Espiritualidade é Divina, com princípios naturais.

Religião é causa de divisões.

Espiritualidade é fator de união.



Religião te busca para que nela acredites.

Espiritualidade – tu tens que buscá-la.

Religião segue os preceitos de um livro sagrado.

Espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.



Religião se alimenta da anti-crítica, da “consciência pesada”, dos clichês mentais e do medo.

Espiritualidade se alimenta da Confiança e da "Fé" (naturais - não dogmáticas).

Religião faz viver restrito ao pensamento estereotipado.

Espiritualidade faz Viver na Consciência.



Religião se ocupa com parecer, conforme modelo.

Espiritualidade se ocupa com Ser.

Religião alimenta o ego.

Espiritualidade nos faz transcender nosso ego.



Religião nos leva a renunciar ao mundo, independente do que é bom ou mal, natural ou artificial.

Espiritualidade nos faz viver a Obra de Deus, não renunciar a Ela.

Religião é adoração (fé dogmática).

Espiritualidade é Meditação/Mentalização (fé natural).



Religião sonha com glória e com paraíso idealizados.

Espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.

Religião vive no passado e no futuro.

Espiritualidade vive o presente.



Religião enclausura nossa mente e coração.

Espiritualidade liberta nossa consciência e sentimento.

Religião fala de vida eterna como recompensa.

Espiritualidade nos faz consciente da Vida, agora e no futuro.



Religião promete para depois da morte...

Espiritualidade é, transcendendo o fenômeno natural da morte, encontrar Deus em Nosso Interior, desde já.



Autor desconhecido



sexta-feira, 27 de maio de 2011

DOUTRINA ESPÍRITA

Conta a história que Sócrates aguardava em seu cárcere o momento da sua execução quando foi surpreendido pelos seus seguidores que corrompendo os sentinelas conseguiram chegar até ele com intuito de libertá-lo.

"Vamos conosco Sócrates. Estamos aqui para levá-lo conosco. Eles vão acabar com você."

Para surpresa daqueles que tentavam libertá-lo, disse Sócrates levantando a pele flácida que revestia suas mãos: Eles querem acabar com isso? Isso não é Sócrates!

Foi então que seus discípulos compreenderam que Sócrates referia-se a sua verdadeira essência, a vida futura e ao seu espírito que jamais conseguiriam aniquilar.

Contam-nos os livros da época da inquisição que Jan Huss, que atacou e ironizou os perdões, indulgências, absolvições, peregrinações, cultos de santos, etc. morreu na fogueira. 



Huss sustentava que o perdão dos pecados só poderia ser obtido por contrição e penitência sincera, e nunca por dinheiro; que nem o Papa, nem qualquer sacerdote, poderiam levantar a
espada em nome da Igreja; que a infalibilidade do Papa era uma blasfêmia

.
Condenado injustamente morreu na fogueira como herege, cantando hinos religiosos. 



Em seus últimos momentos Huss (que em tcheco quer dizer ganso ou pato) teria proferido a seguinte frase: "Hoje vós assais um pato, mas dia virá em que o cisne de luz voará tão alto, que as vossas labaredas não mais alcançarão." 


Séculos depois Jan Huss volta como Allan Kardec..

Kardec não teve o mesmo fim, embora seus livros tenham sido queimados no evento denominado "Ato de fé de Barcelona".

Exemplos de fé na vida futura e de convicção não nos faltam. O mestre Jesus em seu momento derradeiro disse: "Perdoai-os Pai, pois eles não sabem o que fazem".

Todos eles tiveram a chance de voltar atrás e de negar as suas convicções frente às ameaças que foram vítimas.

No entanto, apesar de pagarem com sua própria vida, não hesitaram, nem tampouco vacilaram em suas convicções, dando-nos um exemplo de coragem e de fé. 



Fé na vida futura.

Guardadas as devidas proporçoes, quantas vezes nos deparamos em nossas vidas com situacoes onde nos sentimos com a responsabilidade de defendermos nossos pontos de vista, nossas crenças, nem que com isso tenhamos que contrariar a grande maioria?

Quantas não são aquelas situações onde relacionamentos, bens materiais, amizades, projetos, grupos de trabalho sao descontinuados, perdidos por defendermos as nossas crencas, por não voltarmos atras convictos de nossa responsabilidade, de nossa missão? 



Muitos chamariam ou classificariam tal comportamento como teimosia. Não é o caso aqui.

E como é bom vermos o tempo demonstrando a todos os bons frutos resultantes do trabalho árduo e das convicções sinceras; o retorno daqueles que inicialmente não acreditavam em nós.

Sejamos pois todos benvindos na Seara do Pai!

Reflitamos!!!




quarta-feira, 25 de maio de 2011

É O MEU FILHO QUE ESTÁ AI.....

É o meu filho que está ai, repetia a mãe em desespero. Vai com Deus meu filho. 


Nós te amamos muito! 


Dizia ela em prantos, enquanto o caixão era lenta e cuidadosamente baixado e ajeitado no jazigo.

Cena que emociona e comove ao coração mais endurecido. Como é sublime e divino o amor de uma mãe para o seu filho. Talvez a maior expressão de amor que conheçamos. Sentimento que mais se aproxima ao puro amor ensinado pelo Cristo durante seu pouco tempo de existência neste planeta de provas e expiações.

Emocionado um familiar me diz: a gente queria tanto que ele se recupera-se.... As suas preces infelizmente não "funcionaram"....

Deus é quem sabe, é a única coisa que consigo dizer. Deus é quem sabe...

Mas que Deus é esse então que separa um filho de uma mãe? Que permite tanto sofrimento e que não atende às nossas preces? Onde está a sabedoria e a bondade infinita deste Pai, que permite que alguém tão jovem, tão cheio de vida e de esperanças se vá assim tão cedo?

Recordo-me então das palavras consoladoras da Doutrina Espírita e do texto do Evangelho Segundo o Espiritismo que nos ensina:



 " Quando a morte vem ceifar em vossas famílias, levando sem consideração os jovens em lugar dos velhos, dizeis freqüentemente: 


“Deus não é justo, pois sacrifica o que está forte e com o futuro pela frente, para conservar os que já viveram longos anos, carregados de decepções: leva os que são úteis e deixa os que não servem para nada mais; fere um coração de mãe, privando-o da inocente criatura que era toda a sua alegria”. 


Criaturas humanas, é nisto que tendes necessidades de vos elevar, para compreender que o bem está muitas vezes onde pensais ver a cega fatalidade. 


Por que medir a justiça divina pela medida da vossa? 


Podeis pensar que o Senhor dos Mundos queira, por um simples capricho, infligir-vos penas cruéis? 


Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser. 


Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos atingem, sempre encontrariam nela a razão divina, razão regeneradora, e vossos miseráveis interesses representariam umas considerações secundárias, que relegaríeis ao último plano. 


Acreditai no que vos digo: a morte é preferível, mesmo numa encarnação de vinte anos, a esses desregramentos vergonhosos que desolam as famílias respeitáveis, ferem um coração de mãe, e fazem branquear antes do tempo os cabelos dos pais. 


A morte prematura é quase sempre um grande benefício, que Deus concede ao que se vai, sendo assim preservado das misérias da vida, ou das seduções que poderiam arrastá-lo à perdição. 


Aquele que morre na flor da idade não é uma vítima da fatalidade, pois Deus julga que não lhe será útil permanecer maior tempo na Terra. 


É uma terrível desgraça, dizeis, que uma vida tão cheia de esperanças seja cortada tão cedo! Mas de que esperanças querem falar? 


Das esperanças da Terra onde aquele que se foi poderia brilhar, fazer sua carreira e sua fortuna? 


Sempre essa visão estreita, que não consegue elevar-se acima da matéria! 


Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida tão cheia de esperanças, segundo entendeis? 


Quem vos diz que ela não poderia estar carregada de amarguras? 


Considerais como nada as esperanças da vida futura, preferindo as da vida efêmera que arrastais pela Terra? 


Pensais, então, que mais vale um lugar entre os homens que entre os Espíritos bem-aventurados? 


Regozijai-vos em vez de chorar, quando apraz a Deus retirar um de seus filhos deste vale de misérias. Não é egoísmo desejar que ele fique, para sofrer convosco? 


Ah! essa dor se concebe entre os que não tem fé, e que vêem na morte a separação eterna. Mas vós, espíritas, sabeis que a alma vive melhor quando livre de seu invólucro corporal. 


Mães, vós sabeis que vossos filhos bem-aventurados estão perto de vós; sim, eles estão bem perto: seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, vossa lembrança os inebria de contentamento; mas também as vossas dores sem razão os afligem, porque revela uma falta de fé e constituem uma revolta contra a vontade de Deus. 


Vós que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações de vosso coração, chamando esses entes queridos. 


E se pedirdes a Deus para os abençoar, sentireis em vós mesmas a consolação poderosa que faz secarem as lágrimas, e essas aspirações sedutoras, que vos mostram o futuro prometido pelo soberano Senhor."

quinta-feira, 19 de maio de 2011

TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA...


Era uma vez, num certo dia, há bilhões de anos, em que Deus, nosso Pai de amor e misericórdia, acordou com uma vontade incontrolável de criar novos mundos. Disse Ele então: Que se faça a luz!



Imediatamente, uma enorme bola de fogo se criou e dela se desprenderam diversos pedaços. Estava criado o Sol e os planetas do Sistema Solar. Ai, então, Deus pensou: Preciso arrumar gente pra botar ordem em toda essa bagunça que eu acabei de fazer. Para cuidar de um desses planetas, um tal de planeta Terra, Deus convocou Jesus e lhe disse: “tome conta deste planeta pra mim. Ai será um local de provas e expiações!” Foi então que Jesus pensou: “Esse Deus me mete em cada encrenca! Mas não falou nada, afinal, ordem de Deus é pra ser cumprida!” Pensou ainda Jesus: “E esse negócio tá quente pacas! Acabou de sair do forno! Primeiro vou ter que esfriar tudo isso.”



E foi assim que Jesus, responsável pelo nosso planeta, planejou cada uma de suas etapas, até que o planeta estivesse em condições de receber a raça humana. E foram várias as etapas, cuidadosamente planejadas e executadas ao longo de bilhões de anos.



No momento adequado, Jesus envolveu, temporariamente, todo o planeta com uma substância chamada protoplasma, que combinada aos elementos que o planeta já continha, foi dando origem a vida de diversas espécies vegetais e animais, espalhadas por todo o planeta. No momento planejado Jesus comunicou a Deus, então, que o planeta já estava totalmente pronto para o surgimento da raça humana. Foi ai que Deus disse o seguinte: “Jesus, vou providenciar imediatamente a criação dos espíritos que vão habitar esse planeta. Todos terão em sua consciência as minhas leis, mas eles serão criados simples e ignorantes. A sua tarefa é devolvê-los a mim simples e moral e intelectualmente evoluídos.”



Jesus pensou: “Isso vai ser bico! Rapidinho vou estar bem com o Chefe!”



Algum tempo depois, conversando com os governadores de outros planetas, Cristo ficou sabendo que no planeta Capela haveria certo "expurgo", pois tinha uma turminha lá que insistia em fazer coisas erradas. Jesus pediu então ao Governador de Capela, para receber no planeta Terra esses Capelinos rebeldes. A lógica era a seguinte: Eles podiam ser teimosos, mas iriam ajudar muito os habitantes da Terra do ponto de vista intelectual. A vinda desses capelinos para o nosso planeta impulsionou muito a evolução intelectual no planeta Terra. O homem desenvolveu a vida em grupos, as armas para caçar, o fogo, etc. Mas como nem tudo são flores, eles trouxeram também uma serie de vícios morais ao planeta.



Gradativamente Deus foi criando mais e mais espíritos e a população ligada ao planeta passou dos bilhões. Jesus foi se dando conta então de que botar a raça humana no trilho não seria uma tarefa tão fácil como ele tinha imaginado inicialmente. Aconselhou-se com Deus e Este disse: “precisamos por regras!”



Vou enviar os meus 10 mandamentos pra lá imediatamente. E assim procedeu. Mais algum tempo se passou e vendo que, apesar dos mandamentos de Deus a coisa aqui não mudava muito, Jesus pensou: “nada como o olho do dono para o negócio funcionar. Eu vou até lá pra ensinar umas coisinhas pra essa turma!”



E assim ele fez. Estando entre os homens, Jesus preocupou-se em deixar todo um legado de ensinamentos morais, calcados no amor e na caridade. Só aceitou ser chamado de Mestre, o único titulo que ele permitiu ser chamado, e resumiu as suas lições em uma pequena palavra de apenas quatro letras: O Amor! E sintetizou os seus ensinamentos em uma frase: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo!



Mas parece que a turma que estava encarnada naquela época não conseguiu entender muito bem qual era a de Jesus e resolveu se livrar dele. Como se isso fosse possível......



Foi ai que ele disse: “onde houver duas ou mais pessoas em meu nome lá eu também estarei”. Mas e se só tiver uma? Ele também lá estará, mas Cristo queria que nos reuníssemos em seu nome, por isso disse duas ou mais. No momento derradeiro, sabendo da nossa pouca evolução moral ainda, ele pediu ao Pai: "Perdoai-os Pai, pois eles não sabem o que fazem”.



Passaram-se mais de 2 mil anos da vinda de Jesus ao planeta e os seus ensinamentos ainda são pouco compreendidos e praticados. O problema é que embora lentamente, tudo deve evoluir e esta se aproximando o momento em que, a exemplo de Capela, o nosso planeta precisa mudar de estagio, deixando de ser um planeta de provas e expiações e passando a ser um mundo de regeneração.



E assim como aconteceu em Capela, quem não tiver evoluído o suficiente não vai poder ficar por aqui, sendo "realocado" a algum outro planeta compatível ao seu nível moral, nas milhões de moradas do Pai. E a mudança está próxima. Ramatis teoriza a verticalização do eixo da terra. (que já esta gradualmente acontecendo). Civilizações antigas têm seu calendário apontando para 2012. Teorias e especulações sobre o fim dos tempos não faltam, nas mais diversas culturas e religiões, mas assim como o circulo, o fim de um ciclo representa o inicio de outro.



E que seja um novo ciclo de paz, de evolução e de amor para toda a raça humana ligada ao planeta Terra.



DESPRENDIMENTO MATERIAL E ESPIRITUAL


Contam-nos muitos dos livros e romances espíritas (situação aplicável a grande maioria de nós), que faz parte do processo de início do planejamento reencarnatório, "batamos à porta" do Departamento de Reencarnação da Colônia Espiritual que estamos "frequentando" e manifestarmos a nossa intenção, pedirmos autorização para tal. 

Esta solicitação dá origem a todo um planejamento reencarnatório, minuciosa e detalhadamente preparado, abordando diversos aspectos que vão desde a escolha do melhor momento do reencarne, pais biológicos, sexo (muita vezes vinculado àquele mais aplicável às provas, expiações e missões desta nova existência), reencarnação de outras pessoas a nós de alguma forma ligadas (seja por laços de amor, seja por necessidades de reajuste), estrutura biológica do nosso corpo abordando entre outros, como exemplo, a propensão a doenças (em razão das nossas necessidades de aprimoramento moral), enfim uma infinidade de itens que não seria possível aqui descrevem em sua totalidade, mas que devem harmonizar-se em seu conjunto para que o milagre da "vida" novamente se faça.

Do ponto de vista físico, a partir do momento da concepção, vamos "emprestamos temporariamente" um útero materno que nos fornece abrigo, proteção e as condições de desenvolvimento até o momento do nascimento.

Chegado esse momento somos obrigados a abandonar todo esse conforto e proteção caso queiramos, como dizem os nossos bons amigos baianos "estrear".

Pois bem, nosso espírito novamente ligado a um corpo passa a denominar-se alma e a ele estará ligado até o momento do próximo desencarne. Sim, pois já encarnamos e desencarnamos milhares de vezes!

Na qualidade de bebês, ganhamos amor dos nossos pais, familiares e afins, ganhamos um protetor espiritual, ganhamos casa, comida, roupas, enfim condições de sub-existência mínimas necessárias à manutenção da vida no corpo físico.

Crescemos, estudamos, aprendemos, trabalhamos, auxiliamos, enfim vivemos e ao longo desta nova existência começamos a agir como se estivéssemos aqui, neste planeta Terra de tantas provas e expiações, para todo o sempre, muitas vezes esquecendo o real sentido e objetivo da existência atual que é o nosso aprimoramento moral e intelectual.

Ao longo de uma parte significativa da vida vamos "juntando coisas" que acreditamos piamente serem nossas. 

Começando pelas materiais,compramos roupas, relógios, jóias, sapatos, carros, casas, terrenos, guardamos dinheiro no banco e por ai afora. Tudo isso nos "pertence". 

Acreditamos também que somos donos de certas pessoas. Infelizmente é assim que pensamos..... Que elas são de nossa propriedade e que têm que estar sempre conosco. 

Em essência é a forma egoísta de amar que possuímos, compatível com o nosso estágio evolutivo atual. 

É a minha mãe, o meu pai, a minha esposa ou marido, são os meus filhos, a minha família, os meus amigos etc etc etc.

Existe o tempo em que a vida tudo "dá".....

Mas, existe também o tempo em que a vida "toma" ou "pega de volta". 

E é exatamente nesses momentos que nos deparamos com a dor e o sofrimento.

São as perdas materiais que levam tantas pessoas a cometerem as mais desesperadoras atitudes. 

São as perdas afetivas, de entes queridos, aqueles mais próximo principalmente, que nos levam até mesmo a duvidar da existência de Deus.

Mas o que se perde realmente? A matéria? Essa sempre pertenceu e continuará pertencendo a esse planeta. 

Até mesmo o nosso corpo físico "a terra retornará".

E as perdas afetivas? Mas pensemos bem, se somos seres imortais, ninguém perde ninguém, apenas separamo-nos momentaneamente, pois temos então a certeza de que reencontraremos nossos entes queridos num futuro próximo, em alguma colônia espiritual desse "mundão afora". 

Afinal há muitas moradas na casa do Pai. 

Enquanto esperamos esse reencontro, embora parte significativa de nós não possa ver e até mesmo nem sentir, eles estão muitas vezes ao nosso lado, nos intuindo, nos auxiliando e nos doando muito amor e incentivo para continuarmos em nossa jornada evolutiva, sempre alinhados ao bem.

Racionalmente pensando, porque então tanto desespero nos momentos de dificuldades?

Ou será que definitivamente não cremos que o Pai Maior nos ama e só quer o nosso bem?

Quando vamos aprender definitivamente a enxergar o bem aonde só conseguimos ver o mal e a desgraça.

E Deus já nos mostrou o quão hábil é nisso, transformar o mal em oportunidades de aprendizado, de evolução e de transformação para o bem.

Ou será que por traz das ações de Deus, que tudo sabe e a tudo vê, não há efetivamente uma causa e uma razão inteligente?

Amemo-nos, instruamo-nos e pratiquemos a caridade. 

Entreguemos ao Pai de amor as nossas vidas, com a certeza de que uma folha não cai de uma árvore sem que Deus assim não o queira. 

Desprendamo-nos definitivamente dos laços que nos prendem e que nos trazem tanta infelicidade.

Desenvolvamos a nossa fé racional, com a certeza de que encontraremos a felicidade na vida futura, desprendendo-nos de todo sentimento de posse e de todo e qualquer apego material e emocional, afinal esse é o processo:

Nascer, Morrer e Renascer em busca do constante aperfeiçoamento moral, aprendizado e da felicidade plena ao lado do Pai Maior.

Reflitamos.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

NOSSO LAR – ANDRÉ LUIZ

Assim como parte significativa dos simpatizantes e praticantes da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec eu também estava ansioso para assistir ao filme “Nosso Lar” que relata a “saga” do retorno ao Plano Espiritual, de um médico brasileiro, que se utiliza do pseudônimo “André Luiz”.
Igualmente à maioria da platéia presente à sala de cinema neste final de semana, confesso que também chorei. 

E chorei muito, em vários momentos do filme. 
Esse é um daqueles filmes que podem mudar o rumo das nossas vidas.
É emocionante o reencontro de mãe e filho (André Luiz) no Plano Espiritual; demonstração clara do que esse sublime amor, talvez a expressão mais próxima do amor que o Cristo nos ensinou, pode realizar. 
É de arrepiar o momento em que a família reunida em volta do piano relembra a música preferida de André Luiz, enquanto ele ali presente a tudo assistia e se emocionava.
Difícil conter as lágrimas. 

Cada etapa do filme toca profundamente os nossos sentimentos. 
Cada um derrama suas lágrimas em razão diretamente proporcional ao seu momento de vida, lembranças e experiências que caracterizaram nossa existência atual. 
Impressionante!
Única a oportunidade de assistir ao filme ao lado do meu filho de 12 anos e poder esclarecer suas dúvidas e seus questionamentos, conforme o filme seguia seu curso.
Embora tenha sido angustiante ver André Luiz naquela planície tenebrosa e escura, repleta de seres em estado de sofrimento, como é gratificante, por outro lado, a certeza de que a vida continua para todos nós. 

E se a semeadura é livre a colheita é certa. 
A certeza de que somos todos responsáveis pelos nossos atos e que colhemos exatamente aquilo que plantamos.
De médico quando encarnado a “repórter do além túmulo”, André Luiz nos leva a profundas reflexões sobre o real sentido da existência humana. 

A produção é impecável. 
Apesar de muito difícil, em razão da beleza do maravilhoso cenário que parece ter servido de inspiração às obras do nosso grande Oscar Niemeyer, recomendo menor atenção aos aspectos cosméticos do filme e mais atenção à sua mensagem.
A lição do amor, palavra tão pequena que sintetiza todo o ensinamento do Cristo. 

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. 
Extirpar de nós todo egoísmo, todo orgulho; exercitar o perdão; praticar a caridade. 
Ações tão difíceis em nosso atual estágio evolutivo.
A importância dos nossos pensamentos, nossas ações, nossas vibrações e a responsabilidade que temos sobre elas. 

O despertar da importância de fazermos bom uso desta encarnação, nos despojando, pouco a pouco, das nossas ações desalinhadas ao ensinamento do Cristo, dos nossos vícios e de tudo que nos escraviza quando não bem administrado (o álcool, as drogas, o sexo etc.), com a certeza de que somos seres imortais em constante evolução e aprendizado.
A certeza de que a nossa sorte não está irrevogavelmente fixada após uma existência e de que teremos a oportunidade, como, aliás, estamos tendo, de nos melhorarmos intelectual e moralmente pelo processo das reencarnações sucessivas.
A conscientização da importância do respeito e das orações destinadas aos nossos irmãos que se foram. 

Enfim, a relevância da prática do Cristianismo em sua mais pura essência, o Cristianismo primitivo.
Como disse o Cristo, a felicidade não é deste mundo. 

Ela realmente não pode ser encontrada em nada que a esse mundo pertença. 
A verdadeira felicidade nasce de dentro para fora, principalmente quando nos empenhamos em acumular aqueles tesouros que o tempo e as traças não corroem aqueles verdadeiros tesouros que levamos conosco no momento da partida para o outro plano, o amor, o respeito, a gratidão etc.
Essas são algumas das mensagens que o espiritismo, a terceira revelação, veio trazer ao mundo. Mensagens de paz, de amor e de esperança, independentemente das práticas e das crenças religiosas de cada ser.
O filme traz essa mensagem intrínseca de paz, de amor e principalmente de esperança. 

Amor do Pai Maior a toda a humanidade; esse Pai que não abandona nenhum dos seus filhos.
Para aqueles que ainda duvidam, pergunto. 

E se, “por acaso” a vida futura for exatamente da forma relatada por André Luiz em Nosso Lar? Quanta dor e quantos rangeres de dentes podemos evitar nos esforçando para estarmos preparados para ela, a vida real. 

O ECO DE ALÉM TÚMULO



A Revista Espírita de 1.869, a última editada sob a coordenação de Kardec, traz em suas últimas páginas um interessante relato sobre o aparecimento de uma publicação espírita em língua portuguesa no Brasil, sob o título de “O Eco de Além Túmulo, monitor do Espiritismo no Brasil” sob a direção do Sr. Luiz Olympio Telles de Menezes.
Comenta Kardec: “....Com efeito, é preciso grande coragem de opinião para criair num país refratário como o Brasil um órgão destinado a popularizar os nossos ensinamentos.” Diz ainda Kardec: “....Para nós, o Espiritismo não deve tender para nenhuma forma religiosa determinada. Ele é e deve continuar como uma filosofia tolerante e progressiva, abrindo seus braços a todos os deserdados, seja qual for a nacionalidade e a convicção a que pertençam.” (grifo nosso).
Kardec extraiu algumas passagens desta publicação, às quais não poderíamos deixar de citar. Ai vão elas:
“O fenômeno da manifestação dos Espíritos é maravilhoso, surgindo e vulgarizando-se por toda parte.”
“Conhecido desde a mais remota antiguidade, vemo-lo hoje em pleno século dezenove, renovado e observado pela primeira vez na América setentrional, nos Estados Unidos, onde se produziu por movimentos insólitos de objetos diversos, por ruídos, por pancadas realmente extraordinárias!”
“Da América passou rapidamente para a Europa e aí, principalmente na França, ao cabo de alguns anos saiu do domínio da curiosidade e entrou no vasto campo da Ciência.”
“Novas idéias, emanadas então de milhares de comunicações, obtidas das revelações dos Espíritos que se manifestavam, quer espontaneamente, quer por evocação, deram lugar ao nascimento de uma doutrina eminentemente filosófica que, em alguns anos, deu a volta à Terra e penetra em todas as nações, recrutando, em cada uma delas, tão grande número de prosélitos que hoje são contados aos milhões.”
“A idéia do Espiritismo não foi concebida por ninguém; conseqüentemente, ninguém é o seu autor.”
“Se os Espíritos não se tivessem manifestado espontaneamente, por certo o Espiritismo não existiria. Portanto, o Espiristimo é uma questão de fato, e não de opinião, não podendo as denegações da incredulidade prevalecer contra esse fato.”
“..... E, todavia, o Espiritismo não é privilégio exclusivo de ninguém. Qualquer pessoa, na intimidade de sua família, pode encontrar um médium em alguns de seus parentes, e então poderá, se o quiser, fazer suas próprias observações; mas não deve faze-las com precipitação, à sua maneira, nem circunscreve-las ao círculo de suas prevenções ou de seus preconceitos, para depois concluir enfaticamente pela negação daquilo que, por qualquer circunstância, não pôde ser estudado e, por conseguinte, ficou mal compreendido, é antes uma prova de leviandade do que de sabedoria.”
Recomendo a leitura integral publicada na Revista Espírita de Novembro de 1.869.


quarta-feira, 27 de abril de 2011

A CURA DEFINITIVA DAS DOENÇAS ESTÁ EM NOSSAS MÃOS

A CURA DEFINITIVA DAS DOENÇAS ESTÁ EM NOSSAS MÃOS




Foi nos idos de 1773 que o médico nascido em Constança – Alemanha, Franz Anton Mesmer realizou sua primeira cura por meio da aplicação das técnicas do magnetismo. A partir de então, Mesmer curou uma infinidade de pessoas, inclusive, aquelas que apresentavam doenças que a medicina da época não contava com o conhecimento e os recursos adequados para fazê-lo, tais como casos de lepra e cegueira, entre muitos outros.



Mesmer confrontou a medicina tradicional da sua época e, enquanto vivo suas técnicas de cura jamais foram aceitas formalmente. Apenas em 1831, 16 anos após a sua morte, é que a Academia de Medicina de Paris, manifestou-se favoravelmente ao magnetismo animal. Em sessões de 21 e 28 de junho de 1831 foi lido e aprovado o relatório da comissão da Academia de Medicina favorável ao magnetismo animal, após cinco anos de pesquisas e numerosas experimentações registradas. Porém, o relatório jamais foi publicado. Depois de assinado, foi arquivado na Academia.



Em 1857 Kardec codificou a Doutrina Espírita e declarou clara e expressamente que, enquanto ciência, magnetismo e espiritismo são exatamente a mesma coisa, mostrando a importância do magnetismo no que se refere ao perfeito entendimento do espiritismo no seu viés científico.



Com a orientação dos espíritos superiores, Kardec nos explica que para que haja a animalização da matéria, imprescindível se faz a presença do fluído vital, denominado de fluído animalizado ou magnético por Mesmer. Em outras palavras e como nos explica a questão 63 de "O Livro dos Espíritos", "a vida é um efetivo produzido pela ação de um agente sobre a matéria; esse agente sem a matéria não é vida, da mesma forma que a matéria não pode viver sem esse agente. Ele dá a vida a todos os seres que o absorvem e assimilam.”.



Na questão anterior, a de numero 62, Kardec pergunta: "Qual a causa da animalização da matéria?" A resposta não poderia ser mais clara e objetiva: "Sua união com o Principio Vital".



Fácil concluir, portanto a importância do chamado fluído vital, animal ou magnético, como queiramos denominá-lo no que diz respeito à vida e à saúde do ser humano. Importante destacar o poder da “Vontade” no processo de doação desse fluído. Senão vejamos: Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, nos deparamos com a seguinte consideração: "O poder da fé tem aplicação direta e especial na ação magnética. Graças a ela, o homem age sobre o fluído, agente universal, modifica-lhe a qualidade e lhe dá impulso por assim dizer irresistível. Eis porque aquele que alia, a um grande poder fluídico normal, uma fé ardente, pode operar, unicamente pela sua vontade dirigida para o bem, esses estranhos fenômenos de cura e de outra natureza, que antigamente eram considerados prodígios, e que, entretanto não passam de conseqüências de uma lei natural. Essa a razão porque Jesus disse aos seus apóstolos: Se não conseguistes curar, foi por causa de vossa pouca fé.”.



Já no que diz respeito à Homeopatia, Hahnemann fez uso, em sua doutrina, da mesma comparação empregada por Mesmer, ou seja, o fluxo e refluxo dos mares e a ação do magnetismo mineral.

Alopatia, Homeopatia e Magnetismo Animal constituem-se, portanto, instrumentos disponíveis ao ser humano no processo de busca da cura das doenças. Segundo Kardec: “[……] todos os três estão igualmente na natureza, e têm sua utilidade, conforme os casos especiais, o que explica porque um tem êxito onde outro fracassa, porque seria parcialidade negar os serviços prestados pela medicina ordinária. Em nossa opinião, são três ramos da arte de cura, destinados a se suplementar e se complementar, conforme as circunstâncias, mas das quais nenhuma tem o direito de se julgar a panacéia universal do gênero humano.”.



A esses três ramos da medicina, quais sejam, a Homeopatia, a Alopatia e o Magnetismo, podemos acrescentar, para o efeito de uma medicina integral, os tratamentos descobertos pelo espiritismo ao revelar a existência dos espíritos: a mediunidade de cura (classificado como um quarto ramo da medicina), que é o auxílio ao doente pelos fluídos benéficos regeneradores dos bons espíritos, derramados sobre ele pelo médium.



No entanto, há um tipo de cura, que nenhum dos quatro ramos acima está apto a atuar, qual seja a cura das doenças morais. A solução para isto, que Mesmer reconheceu não estar no alcance da ciência do magnetismo animal, encontra-se plenamente atendida na doutrina espírita, quando declara que: “A maior contribuição para a saúde humana é a educação do espírito. É a que se encerra a missão providencial do espiritismo.”.

Em outras palavras, quando a causa da doença estiver no espírito, a cura provém da educação moral. Sabemos que as nossas “doenças do espírito” tem como origem o nosso Orgulho e o nosso Egoísmo, pais de todos os nossos males.

Neste caso, deveria o médico fazer-se moralizador de seus doentes?

Kardec esclarece: [….] sim, sem dúvida, em certos limites; é mesmo um dever, que um bom médico jamais negligencia, desde o instante que vê no estado da alma um obstáculo ao restabelecimento da saúde do corpo. O essencial é aplicar o remédio moral com tato, prudência e a propósito, conforme as circunstâncias. (Revista Espírita, 1869, p.66)

domingo, 10 de abril de 2011

A BÍBLIA PROÍBE A EVOCAÇÃO DOS ESPÍRITOS?

A primeira pergunta de "O Livro dos Espíritos", onde Kardec realiza uma série infindável de questionamentos, sobre temas da mais variada ordem é: "O que é Deus?" Não "quem", observe.



Entre outros atributos da divindade, a resposta recebida por Kardec é que Deus é único, imaterial, infinito, soberanamente justo e bom e só quer o bem das suas criaturas.

Muito bom... 

Pergunto ainda, qual foi a palavra que resumiu toda a doutrina do mestre Jesus? 

O amor. 

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo! 

Não fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que fizessem a nós. 

Praticar a caridade. 

Não basta apenas não fazer o mal, é preciso praticar o bem.

 E por ai vai....

Vejamos agora alguns dos "ensinamentos" da Bíblia:

“Se alguém vier maliciosamente contra o próximo, matando-o à traição, tirá-lo-ás até mesmo do meu altar, para que morra."

"Quem ferir seu pai ou sua mãe será morto."

"O que raptar alguém e o vender, ou for achado na sua mão, será morto."

"Quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe será morto.”

(Êxodo, Cap. XXI, 14-17)

“Aquele que blasfemar o nome do SENHOR será morto; toda a congregação o apedrejará; tanto o estrangeiro como o natural, blasfemando o nome do SENHOR, será morto."

"Quem matar alguém será morto. Mas quem matar um animal o restituirá: igual por igual."

"Se alguém causar defeito em seu próximo, como ele fez, assim lhe será feito: fratura por fratura, olho por olho, dente por dente; como ele tiver desfigurado a algum homem, assim se lhe fará."

"Quem matar um animal restituirá outro; quem matar um homem será morto.”

(Levítico, Cap. XXIV, 16-21)

“Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera."

"O homem que se deitar com a mulher de seu pai terá descoberto a nudez de seu pai; ambos serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles."

"Se um homem se deitar com a nora, ambos serão mortos; fizeram confusão; o seu sangue cairá sobre eles."

"Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles."

"Se um homem tomar uma mulher e sua mãe, maldade é; a ele e a elas queimarão, para que não haja maldade no meio vós."

"Se também um homem se ajuntar com um animal, será morto; e matarás o animal."

"Se uma mulher se achegar a algum animal e se ajuntar com ele, matarás tanto a mulher como o animal; o seu sangue cairá sobre eles."

"Se um homem tomar a sua irmã, filha de seu pai ou filha de sua mãe, e vir a nudez dela, e ela vir a dele, torpeza é; portanto, serão eliminados na presença dos filhos do seu povo; descobriu a nudez de sua irmã; levará sobre si a sua iniquidade."

"Se um homem se deitar com mulher no tempo da enfermidade dela e lhe descobrir a nudez, descobrindo a sua fonte, e ela descobrir a fonte do seu sangue, ambos serão eliminados do meio do seu povo.”

(Levítico Cap. XX, 10-18)

“Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferimento por ferimento, golpe por golpe."

"Se alguém ferir o olho do seu escravo ou o olho da sua escrava e o inutilizar, deixá-lo-á ir forro pelo seu olho."

"E, se com violência fizer cair um dente do seu escravo ou da sua escrava, deixá-lo-á ir forro pelo seu dente.”

(Êxodo Cap. XXI, 24-27)

Apenas para citar algumas de muitas passagens da bíblia que estão claramente em oposição aos ensinamentos do Cristo e aos atributos de Deus.

no Sermão do Monte, Jesus revogou vários ensinamentos da época de Moisés, vejamos alguns: 

“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. 

Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; 

(...) Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. 

Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela.

 (...)Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. 

Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério. 

Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos. 

Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus; nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei; nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. 

(...) Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente.
Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. 

(...). Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. 

Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem (...).” (Mateus Cap. V, 21-48)

Conhecedores que somos dos ensinamentos morais do mestre Jesus, amplamente divulgados nas diversas correntes religiosas, poderíamos então perguntar racionalmente: Qual é o sentido de seguir estes ensinamentos? 

São eles realmente ensinamentos de Deus? 

Ou não seriam eles regras de conduta definidas pelos homens?

Regras de conduta?

Sim, pois seria inimaginável, nos dias atuais, crer que o Criador, infinitamente justo e bom, detendor de toda sabedoria e de toda justiça pudesse sugerir nos apedrejemos mutuamente, até a morte dos filhos desobedientes, das pessoas adúlteras. 

Que o Criador tencionasse nos ensinar a pagar o mal com o mal como no caso da lei do “olho por olho, dente por dente, e em tantos outros exemplos que beiram ao absurdo.

Isso não quer dizer que a Bíblia não tem o seu valor. Nas Escrituras temos a história de um povo, os ensinamentos humanos e os ensinamentos Divinos. 

Quem lê e estuda a Bíblia precisa saber separar e compreender o que é cada um, para evitar uma má interpretação das Escrituras. 

No caso dos ensinamentos humanos, eles tiveram a sua razão de ser, principalmente em razão de um povo que era ainda pouco evoluido moral e intelectualmente.

“Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti.”

(Deuteronômio Cap. XVIII, 10-12)

Igualmente, a proibição de "falarmos" com os "mortos" também teve a sua razão de ser.

Cabe ainda salientar que analisando a essencia desta "proibição" guardadas as condições de "pressão e temperatura" é totalmente aplicável. E eu me explico....

A Doutrina Espírita (vide "O Livro dos Espíritos"), não recomenda a evocação dos espíritos quando o evocador objetiva a frivolidade ou acalmar a curiosidade agussada.

Em outras palavras a evocação sempre deve ter uma finalidade realmente útil.

Aprofundando as nossas pesquisas sobre os ensinamentos advindos da Doutrina Espírita, concluímos portanto que a comunicação com os mortos não se constitui ato sujeito a proibição. 

Porém, nem tudo que é possível convém. 

Para que a evocação de um espírito tenha uma razão racional, necessário se faz portanto, além do respeito ao ser humano, seja ele encarnado ou desencarnado, que tal evocação seja realizada com uma finalidade útil, em local apropriado e com o devido recolhimento.