APRENDENDO COM OS ESPÍRITOS

Somos seres imortais, criados por Deus simples e ignorantes para que retornemos a ele simples e moral e intelectualmente evoluídos.

Cabe a cada um de nós o esforço contínuo no sentido de "modelarmos a nossa argila".

E esse trabalho de "modelagem" de nós mesmos arrasta séculos, milênios onde vamos lenta e gradualmente evoluindo moral e intelectualmente rumo ao Pai.

De acordo com a Doutrina Espírita, esse processo acontece por meio da reencarnação.

Vivemos portanto, nesse instante, uma das nossas milhares ou quem sabe milhoes de existências, no caminho de nossa evolução individual. Somos, portanto, obra inacabada de nós mesmos.

Se a semeadura é livre, mas a colheita é certa, então, inegavelmente, colhemos o que plantamos.

E plantamos e colhemos todos os dias, todos os momentos de nossa vida.

O bom plantio depende portanto de sabermos e nos esforçarmos para escolhermos as sementes certas, para que no futuro a colheita seja farta e de qualidade.

Isso não explica a lei da atração, da sintonia?

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo e não fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que a nós fosse feito, lembrando que não basta simplesmente não fazermos o mal, é preciso que nos esforcemos para fazer o bem.

Compreender é uma coisa; colocar esses ensinamentos em prática já é bem diferente...... Exige vontade e determinação!

A Doutrina Espírita nos ensina também que aquilo que chamamos de "sobrenatural" decorre do nosso pouco conhecimento das Leis Naturais que regem o universo.

>Sobrenatural, portanto, não existe.

Desta forma, o processo de intercâmbio entre os Planos Material e Espiritual torna-se compreensível e factível; em outras palavras, natural e possível.

E foi exatamente essa experiência que mudou radicalmente a minha forma de encarar a vida.

Essa tragetória se iniciou no ano de 2004, quando, para minha total surpresa, me deparei com o dom da psicografia.

Um mundo novo e até então inimaginável e incompreensível se abriu para mim.

Por meio desta nova forma de encarar a vida, descobri não só a existência do Plano Espiritual, mas também entendi como se dá esse intenso processo de intercâmbio entre os dois mundos, processo esse que permite que, enquanto encarnados, pela vontade de Deus, o nosso criador, possamos receber todo o apoio, incentivo e dedicação do Plano Espiritual para conosco no sentido de cumprirmos o nosso "Planejamento Reencarnatório" (O nosso "plano de vôo" para cada reencarnação, cujo cumprimento depende de nossas ações).

E por falar nele, que emocionante descobrir que o meu Planejamento Reencarnatório previa, em conjunto com a minha esposa a criação de uma Casa de Oracão e estudo da Doutrina Espirita, (acesse o blog do LEAC e conheça mais sobre a Casa, no endereço http://www.larespiritaaguasclaras.com.br/) voltada à cura e a assistencia a nossos irmaos encarnados e desencarnados.

Que experiência gratificante esta de poder ajudar, por meio da aplicacao de passes magnéticos, aos nossos irmaos encarnados que tanto precisam de auxílio para suas dores fisicas.

Que experiência facinante esta de poder ajudar, por meio de orientacao e pura doação de amor, aos nossos irmãozinhos desencarnados em estado de dor e sofrimento moral.

Enfim, esses são alguns dos ensinamentos que por meio do estudo sistemático das obras de Allan Kardec (O Codificador da Doutrina Espírita) vamos assimilando e tentando colocar em prática, mesmo que gradualmente.

A partir desses aprendizados e mediante as infindáveis experiências de intercâmbio com o Plano Espiritual, escrevi o livro " Aprendendo com os Espiritos", onde relato alguns conhecimentos adquiridos e também algumas das comunicações estabelecidas com o mundo espiritual.

Espero que este livro contribua para que você, assim como eu, também passe a encarar osa fatos e os objetivos da vida sob uma ótica diferente.

Boa leitura!!

COLABORE

TODA RENDA DESTE LIVRO É APLICADA NAS OBRAS SOCIAIS DO LEAC.

LIVRO APRENDENDO COM OS ESPIRITOS DE SILNEY DE SOUZA

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Após a confirmação do pagamento, você receberá por e-mail, o livro APRENDENDO COM OS ESPÍRITOS em formato PDF.

terça-feira, 29 de março de 2011

CONTROLANDO AS NOSSAS MÁS TENDÊNCIAS



E não são os atos que definem as nossa companhias?
Os atos que praticamos atraem os semelhantes, as companhias que queremos ter.
Certo é que não somos perfeitos, que temos nossas necessidades, nossas vontades, mas são exatamente elas que definem quem queremos ao nosso lado.
Se buscarmos corrigir nossas más tendências contaremos com irmãos afins, prontos para nos auxiliar, nos dar forças; mas se nos comprazemos nelas, nada eles podem fazer; temos o livre arbítrio.
Se escolhemos o caminho mais longo e mais difícil do aprendizado, a opção é nossa pois somos nós que teremos que trilha-lo.
Não podemos alegar a falta de informação, desconhecimento.
Nos resta então, reconhecermos as nossas fraquezas.
Nos entregarmos a elas sem resistências, nos demonstra o longo caminho que temos a trilhar ainda na busca do nosso aprendizado moral.
Sendo a semeadura livre, não é certa a colheita?
Temos todos carências a serem supridas mas o mérito está em supera-las, em não nos deixarmos nos escravizar por nossos erros e nossos vícios.
A mesma proporção existe ao erro, como ao acerto. Somente a força moral firme, a firmeza de princípios e de caráter nos fará seguir no caminho correto.
Mas se esmorecemos e nos deixamos levar pelas nossas fraquezas, não há a quem culpar senão a nós mesmos.
Decidir pelo caminho alinhado ao bem é tornar a nossa caminhada menos árdua, menos pesada e com menor carga de sofrimento.
O Pai não desampara nenhum dos seus filhos, mas não faz a lição de nos cabe. 
Não podemos alegar ignorância.
Reflitamos....


quinta-feira, 24 de março de 2011

ESPIRITISMO E VIDA COTIDIANA


Se somos os únicos responsáveis por tudo o que nos acontece, me impressiona e chega a me causar enorme espanto o fato de que comumente delegamos aos outros a nossa felicidade. 

Observe que não é incomum nos depararmos com situações em que colocamos nas mãos dos outros os rumos de nossas vidas e consequentemente de nossa felicidade.

Se evoluir é o lema da vida, me parece que uma das formas de se buscar a evolução é por meio do estudo e do aprendizado constantes. 

O que ocorre, no entanto, é que nem sempre, encaramos a vida sob esse ponto de vista. 

Sabemos quem foi eliminado do Big Brother na semana passada, mas não sabemos, por exemplo, sequer o nome do prefeito da nossa cidade ou em quem votamos na eleição passada.

Perdemos a capacidade de estabelecer elos entre os diversos temas. 

Perdemos a visão global das coisas. 

Perdemos a capacidade de nos indignarmos com os absurdos cotidianos. 

Obviamente não é possível ser um especialista em cada um dos temas, mas é preciso ter o conhecimento mínimo que possibilite perceber o elo entre as diversas áreas do saber.

Se analisarmos a educação atual, vamos observar que ela é segmentada, que os professores das diversas disciplinas não necessariamente se comunicam e assim não permitem que aluno compreenda claramente o link entre as diversas disciplinas.

Vivemos um momento de total falta de valores do ponto de vista moral e social.

Vivemos juntos fisicamente, porém em tribos claramente separadas. Isso permite nos sentirmos sós em meio à multidão. 

Em contrapartida, o mercado de trabalho exige, cada dia mais, uma visão mais holística dos fatos. 

Cada dia que passa aquele profissional que é o grande especialista perde mais espaço. 

A inteligência emocional é cada dia mais requisitada.

Jan Amos Comenius (1592-1670), professor, cientista e escritor tcheco, já ressaltava a importância do compartilhamento do conhecimento para todos.

Comenius escreveu mais de 300 livros sobre temas relacionados à educação, infelizmente todos eles queimados pelos jesuítas. 

Estaria na educação a solução de parte significativa dos nossos problemas? 

Precisamos nos preocupar em formar seres humanos capazes de se adaptar às diversas circunstâncias que a vida oferece. 

Infelizmente, parte significativa da educação atual até a fase adulta está concentrada na necessidade de se passar no vestibular. 

O mercado de trabalho atual não será o mesmo no momento em que as nossas crianças nele ingressarem. 

Infelizmente, não nos dispomos a sair dos conceitos pré-formados, os chamados pré-conceitos, para buscar formar novos conceitos.

Em razão de suas atividades profissionais e da busca da sobrevivência, pais não participam mais da vida escolar de seus filhos. 

Entendemos que isso é tarefa da escola, dos professores. 

A escola tem por função instruir, não educar!

Em adição, o discurso anacrônico da igreja de que a família é o centro de formação das pessoas perde força a cada dia. 

Escola, TV e mídia têm, atualmente, mais influência na formação (não educação) das pessoas do que a própria família. 

No entanto, quando nos dispomos a discutir esses temas? 

Se a empresa X financia a novela das oito, é ela que acaba, em última análise, por educar nossos filhos, dentro dos conceitos que mais a interessam.

Cada vez mais as religiões dogmáticas estão mais distantes da realidade das pessoas. 

Vide exemplo das formas de abordar o uso do preservativo por parte do Ministério da Saúde, vis-à-vis as orientações recebidas do Vaticano.

Somos treinados a temer a Deus. 

A idéia do pecado está constantemente sendo colocada. 

Ora, Deus não pode ser ruim, não pode julgar seus filhos, não pode querer o mal das suas criaturas. 

Deus não é uma pessoa sentada em um trono, julgando os seus filhos: bons à direita e ruins à esquerda. 

Deus não é de direita nem de esquerda!

Se Deus fez a natureza, é o criador de tudo que conhecemos, então Ele está em tudo. 

Precisamos aprender a fazer o bem sem temer alguém. 

Isso significa fazer o bem amando alguém. 

O amor não é para a nossa salvação. 

Não devo amar o meu próximo para ir para o céu. 

Isso é, na essência, uma troca. 

Devo amar simplesmente por amor.

A consequência? 

A nossa evolução pessoal, a nossa felicidade. 

Quem já teve a oportunidade de experimentar a felicidade em auxiliar ao próximo entende claramente do que estou falando. 

Não se trata aqui de uma troca, de fazer o bem para alcançar a salvação.

Devemos praticar o bem porque estamos conscientes de que este é o caminho a ser seguido, sem nada esperar em troca.

Quando vamos finalmente aprender a expressar uma ideia? 

Aprender a refletir sobre o que lemos? 

Conseguir ler um manual de forma a operar uma máquina é o que caracteriza um operário em condição de trabalhar. 

Somos um dos países com menor nível de mão de obra especializada. 

Não sabemos ler; não sabemos interpretar; não sabemos refletir sobre o que lemos e consequentemente colocar em prática o que aprendemos.

A educação deve ser vista como algo para a vida eterna. 

Devemos procurar nos educar enquanto um Espírito imortal. 

A existência, esta que estamos vivenciando no momento, tem começo, meio e fim. E tem finalidades definidas. 

Se, enquanto seres, Espíritos, almas (enfim, o nome mais conveniente ao leitor), somos imortais, então a vida é imortal.

O que nos demove destas ideias? 

Diversos fatores: preguiça e comodismo (fazendo-nos delegar aos outros ações que deveriam ser nossas), o nosso orgulho, o nosso egoísmo, a nossa maneira equivocada de interpretar os mais diversos fatos cotidianos. 

Evoluímos (um pouco), é verdade. 

Porém, em alguns países, ainda enforcamos em praça pública. 

Em outros temos os chamados micro-ondas, as chacinas, as ações delinquentes das mais diversas naturezas e as mortes não explicadas.

Utilizamos-nos ainda de métodos muito distantes do amor ensinado por Jesus em nossos atos cotidianos. 

Senão vejamos: qual é a nossa reação quando nos deparamos com qualquer ação ou comentário, por menor que seja, que esteja em oposição aos nossos interesses? 

Como nos portamos, como reagimos, quando levamos uma fechada no trânsito, quando o motoqueiro quebra o nosso espelhinho? 

Como nos comportamos em relação aos temas relacionados aos bens materiais, à nossa autoridade ferida e às finanças? 

Com sinceridade, você já parou para pensar que infelizmente damos muito mais importância à perecível matéria do que ao imperecível eu? 

Sim, sua essência é imperecível, é nela que você deveria pensar, se preocupar.

Então vamos abandonar tudo, doar todos os nossos bens conquistados à custa do nosso trabalho, doar àqueles que têm menos do que nós e nos transformarmos em um peso à Sociedade? 

Não, essa não é a minha sugestão.

Na minha humilde opinião, não há sucesso sem...
  • Equilíbro pessoal e paz de espírito;
  • Um bom clima e felicidade em casa;
  • Um bom ambiente no trabalho;
  •  Condições financeiras que permitam a subsistência (não o supérfluo);
  • Condições boas de saúde;
  • Uma clara definição dos seus objetivos de vida;
  • Sentir-se realizado pessoal e profissionalmente.

Aprendamos, então, a controlar as nossas tendências negativas, a exacerbação do nosso orgulho e do nosso egoísmo, da nossa autoridade, da importância que damos a nós mesmos, de acharmos que tudo conspira contra nós, que todos querem nos prejudicar, que existem barreiras intransponíveis, que tudo deve ser realizado da maneira que eu penso ser a correta (existe uma infinidade de maneiras corretas de se fazer a mesma coisa); aprendamos a dar a importância devida às coisas da matéria e do espírito e comecemos a pensar nos reais objetivos dessa existência.

Opiniões contrárias às nossas, situações difíceis que encaramos na vida pessoal e profissional, doenças e desilusões são, em sua essência, todas, oportunidades de aprendizado.

Não, você não vai se deparar aqui com pulos do gato dados por um especialista de auto-ajuda no sentido de como investir bem o seu dinheiro, de como ter sucesso em sua carreira, de como ter êxito em seus relacionamentos profissionais.

Tenho plena consciência do quanto é difícil despirmos o nosso orgulho e o nosso egoísmo e aceitarmos essa simples realidade: aprendamos a amar! 

Estou falando do verdadeiro amor, não esse amor vulgar que assistimos nas telinhas e nos telões e que vivenciamos nas baladas noturnas. 

Estou falando daquela forma de amar nos ensinada e deixada por Jesus. 

O verdadeiro amor.

Estou convicto que a prática do amor em sua essência vai acabar por gerar, como consequência, e não como prêmio, o sucesso que você tanto procura nas diversas facetas da vida. 

sexta-feira, 11 de março de 2011

O FASCINANTE MÉTODO DE CONTRA-EXEMPLOS....

Hoje pela manhã acordei inspiradíssima, acreditando que o dia seria bem produtivo. 


Por volta das 6:10 h saí de casa e vim para o escritório. 
Após estacionar o veículo, percebi que não estava com a chave do escritório, tendo a certeza de que – jamais – a retiro do carro quando chego em casa. 


O destino seria esperar um funcionário chegar – o que deveria acontecer por volta das 9 da manhã! 


Para não ficar ociosa, fiquei assistindo TV no carro, e acompanhando as reportagens do terremoto no Japão.

Meu dia continua numa média alta! 


Finalmente, e por volta das 8:00 horas, consigo entrar, e assim que sento na cadeira, o manobrista me liga dizendo que meu carro “morreu”. 


Chamo a assistência, que avalia a necessidade da troca da bateria. 


Outro assunto resolvido.

Meu dia continua maravilhoso! 


Alguns aqui me diriam: “começou o dia com o pé esquerdo, hem?” – e eu responderia, que para uma canhota (como eu), isso é quase diário, e não altera em nada os fatos do meu dia a dia! – ou responderia: - comparado a que, você define assim?


Aprendi recentemente o método de contra-exemplos, aonde os filósofos perguntam, por exemplo, “o que é a coragem?”, “o que é beleza? Amor?”, “o que é uma cadeira?”, “o que é um problema?”


Em geral, pensamos saber as respostas e oferecemos diversas definições que, à primeira vista, parecem bastante razoáveis. 


Não são. 


Partindo da premissa de que acredito que meu dia seria bem produtivo, não posso, por conta de dois eventos que me aconteceram, decidir que o dia não será mais interessante.
Meu dia não deixará de ser produtivo por conta destes dois eventos. 


O meu contra-ponto aqui, foi de que a minha definição de inspiração e produção, independem de uma espera por conta de uma chave, ou de uma assistência técnica. 


Ainda tive quase a manhã toda para trabalhar e terei o resto do dia!


Quando qualquer coisa sair fora do padrão esperado, ao invés de lamentar-se ou desanimar-se, procure encontrar o contra-ponto, e verá que sua visão e mente se ampliarão para um tamanho, que jamais (felizmente) retornarão ao tamanho atual.


Para terminar, num curso que fiz recentemente, o professor mostrou a imagem de uma pessoa e eu disse: - nossa, como ela está triste! – e o professor me rebateu de imediato: comparado a que, Ana Luiza? 


Sua resposta foi bem ocidental, não? – Concordei imediatamente e me calei para aprender mais!

Esse exercício serve para todas as áreas da vida, e por isso, a reparto aqui com todos.


Excelente final de semana!


Texto de Ana Luiza Alves Lima


“Sabores, cores e cheiros só existem no ser que sente.” – Galileu Galilei, O ensaiador


terça-feira, 8 de março de 2011

ADMINISTRANDO OS CONFLITOS

Que o processo de comunicação humana é falho todos sabemos. 


Não são poucos os exemplos que vivenciamos no cotidiano onde uma palavra mal colocada, no momento errado, de forma inadequada etc, parece despertar um "tsuname" que estava adormecido. 


Quantos desentendimentos, quanto desgaste, quantos conflitos surgem, tendo como origem um processo de comunicação falho?


Famílias destruídas, amizades desfeitas, Intrigas, ofensas, trocas de acusações, brigas e até crimes são cometidos tendo como "pano de fundo" uma má interpretação da palavra.


Mas se a mensagem chega "torta", a forma como reagimos a ela ainda está sob o nosso comando. 


Quantas vezes não somos nós mesmos os responsáveis por agravar algo que poderia ser resolvido de uma forma mais simples, mais tranquila, com mais equilíbrio, sem tantos desgastes?


Nos ensina uma passagem muito interessante do Evangelho:


"Quem sabe se, mergulhando em vós mesmos, não descobrireis que fostes o agressor? 


Quem sabe se, nessa luta que começa por um simples aborrecimento e acaba pela desavença, não fostes vós a dar o primeiro golpe? 


Se não vos escapou uma palavra ferina? 
Se usaste de toda a moderação necessária? 


Sem dúvida o vosso adversário está errado ao se mostrar tão suscetível, mas essa é ainda uma razão para serdes indulgentes, e para não merecer ele a vossa reprovação.


Admitamos que fosseis realmente o ofendido, em certa circunstância. 


Quem sabe se não envenenastes o caso com represálias, fazendo degenerar numa disputa grave aquilo que facilmente poderia cair no esquecimento? 


Se dependeu de vós impedir as conseqüências, e não o fizestes, sois realmente culpado.


Me parece no entanto, que, infelizmente, não conseguimos domar o nosso orgulho e o nosso egoísmo, pais de todos os nossos males.


Impossível não lembrar da passagem do Evangelho onde Cristo nos ensina a perdoar 70 vezes 7!


Quantas vezes perdoarei ao meu irmão? 


Perdoá-lo-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete. 


Eis um desses ensinos de Jesus que devem calar em vossa inteligência e falar bem alto ao vosso coração. 


Comparai essas palavras misericordiosas com a oração tão simples, tão resumida, e ao mesmo tempo tão grande nas suas aspirações, que Jesus ensinou aos discípulos, e encontrareis sempre o mesmo pensamento. 


Jesus, o justo por excelência, responde a Pedro: Perdoarás, mas sem limites; perdoarás cada ofensa, tantas vezes quantas ela vos for feita; ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si mesmo, que nos torna invulneráveis às agressões, aos maus tratos e às injúrias, serás doce e humilde de coração, não medindo jamais a mansuetude; e farás, enfim, para os outros, o que desejas que o Pai celeste faça por ti. 


Não tem Ele de te perdoar sempre, e acaso conta o número de vezes que o seu perdão vem apagar as tuas faltas?


Impossível não lembrar da fórmula matemática F + R = RE, onde F fato, R reação e RE resultado. 


Em suma não temos como evitar os "Fatos"; eles vão ocorrendo em nossa vida, parte significativa das vezes, independentemente da nossa vontade. 


Mas o R eu posso controlar; ou seja, a forma como eu reajo ao fatos deve ou pelo menos deveria estar sob o nosso controle. 


E a forma como agimos afeta diretamente o resultado (RE).


E como deveria ser a nossa Reação?


Recorro, por fim, mais uma vez ao Evangelho:


"Espíritas, não vos olvideis de que, tanto em palavras como em atos, o perdão das injúrias nunca deve reduzir-se a uma expressão vazia. 


Se vos dizeis espíritas, sede-o de fato: esquecei o mal que vos tenham feito, e pensai apenas numa coisa: no bem que possais fazer."






sábado, 5 de março de 2011

AFINAL, NO QUE OS ESPÍRITAS ACREDITAM?

Espírita não acredita:
  • Em vida apos a morte;
  • Em Deus, em espíritos;
  • Em reencarnação;
  • Em Jesus na qualidade de espírito de luz;
  • Na possibilidade de intercambio entre o mundo material e o mundo espiritual;Em psicografias;
  • Em Umbrais, Vales dos suicidas, colônias espirituais;
  • Mentores espirituais;
  • Passes espirituais e magnéticos;
  • Obsessões;


E por ai afora.


Enfim, o espírita não acredita em nada disso.

Não acredita, pois na visão espírita todas essas coisas não são uma questão de fé, de acreditar ou não acreditar, mas sim uma realidade inquestionável, que nos dá a certeza da bondade do Pai e da vida futura.


Como ensinou Kardec, fé raciocinada é aquela que enfrenta a razão, face a face em todas as épocas da humanidade.


Desta forma, considerando os três pilares de sustentação da Doutrina Espírita, quais sejam os ensinamentos morais do Cristo (vide O Evangelho Segundo o Espiritismo), a filosofia espiritualista (vide O Livro dos Espíritos) e a ciência espírita (vide O Livro dos Médiuns), fazendo uso da fé raciocinada o espírita "simplesmente" tem a plena convicção racional de que todos os "elementos" acima elencados são reais e como tal estão presentes em sua totalidade em nossas vidas cotidianas.


Aquilo que chamamos de sobrenatural decorre da nossa falta de conhecimento cientifico dos fenômenos naturais.

Por esta razão que quanto mais à ciência evolui mais ela vai comprovando os princípios ensinados pela Doutrina Espírita.

Vide, por exemplo, os casos já comprovados pela ciência, de reencarnação, de existência do corpo fluídico - o perispírito e por ai afora.


Em contrapartida, a Doutrina Espírita, assim como todas as áreas do conhecimento humano, também esta pronta para evoluir e aprimorar-se em tudo que assim se demonstrar adequado e necessário para manter-se adequada e atualizada.


O espiritismo, definitivamente, não deve ser entendido como uma "simples" religião, mesmo porque ele jamais se caracterizou como uma religião dogmática.


Ele traz luz ao conhecimento humano e como Kardec nos ensina, deveria contribuir com as diversas linhas filosóficas e religiosas existentes.


Pensamento racional e livre debate das idéias caracterizaram Kardec durante toda a sua existência.


Enquanto porem deixarmos que o orgulho e o egoísmo dirijam nossas ações, nos dividindo em castas que almejam que somente a sua forma de interpretar o mundo prevaleçam sobre as demais, estaremos bloqueando a nossa própria evolução que deveria ser construída também pelo livre debate das idéias.


Como nos ensinou Jesus: vejam e ouçam aqueles que têm olhos de ver e ouvidos de ouvir.










A DOUTRINA ESPÍRITA E SEUS CONTRADITORES

Como já aconteceu com muitas das descobertas científicas que confrontaram o "status quo" de um determinado momento da história humana ou que eventualmente atingiram aos interesses de certos grupos dominantes, o Espiritismo foi na sua origem e continua até os dias atuais, ainda, sendo criticado.

Infelizmente essa Doutrina ainda é pouco estudada (mesmo por aqueles que se dizem seus praticantes...) e consequentemente pouco compreendida.

Infelizmente, não são poucos os exemplos em que novas teorias, embora dotadas de bases científicas, de evidências e de provas conclusivas, foram desqualificadas, rejeitadas e até mesmo ridicularizadas.

Senão vejamos alguns poucos, a título de exemplo....

Nicolau Copérnico durante quase 20 anos mediu e acompanhou a posição dos planetas.

Em comparando as suas descobertas com a teoria dos epicentros de Ptolomeu notou que algo realmente não fazia sentido.

Imaginou então como seria o movimento dos planetas quando vistos de outro planeta em movimento.

Constatou que o Sol não variava de tamanho durante todo o ano, concluindo portanto que a distância entre a Terra e o Sol permanecia sempre a mesma.

Se a Terra não estava no centro, então o Sol deveria estar!

Com receio da toda-poderosa Igreja Católica da época que acreditava num Universo onde a Terra fosse o centro, Copérnico não se aventurou a tornar sua descoberta pública sendo então divulgada somente em 1543 após sua morte.

Sessenta anos depois, período em que a teoria de Copérnico foi ainda ridicularizada pelas universidades e astrônomos, Johannes Kepler e Galileu Galilei provaram que Copérnico estava certo.

Andreas Vesalius que em 1543 elaborou o primeiro guia científico e preciso sobre a anatomia humana; teve um ataque de fúria ao apresentar os seus estudos aos professores de medicina da época, professores esses que haviam ensinado a vida toda em conformidade com os princípios desenvolvidos por Galeno.
Vesalius queimou as suas magníficas anotações e estudos, afirmando que nunca mais iria cortar tecido humano.
O que dizer de Franz A. Mesmer, que apesar de diversas curas devidamente documentadas, acompanhadas e comprovadas por médicos da época, alcançadas por meio do uso do fluido magnético animal, foi acusado de charlatão e teve as suas teorias recusadas pela Sociedade Real de Medicina de Paris.

Não são incomuns as acusações e os comentários pouco fundamentados sobre a Doutrina Espírita nos dias atuais.

Popularmente também ouvimos muitas vezes comentários como:
  • O espiritismo é coisa do diabo;
  • A comunicação com os mortos é pecado;
  • Mesmo que um espírito apareça para mim eu não vou acreditar que seja ele, pois é o diabo atuando;
  • Espírita não acredita em Deus, muito menos em Jesus Cristo;
  • Espírita não ora;
  • Espírita faz "macumba", sacrifica animais, tem rituais;
  • Muito cuidado pois se você entrar nessa "coisa" do espiritismo, não vai poder sair mais;
  • Os espíritas são lunáticos, loucos e desequilibrados; etc.
Onde está a argumentação fundamentada em todos eles?

Para fins de reflexão recorro novamente ao Codificar, que nos diz que: "Só se pode considerar como crítico sério aquele que houvesse tudo visto, tudo estudado, com a paciência e a perseverança de um observador consciencioso; que soubesse sobre esse assunto tanto quanto o mais esclarecido adepto; que não tivesse extraído seus conhecimentos dos romances das ciências; a quem não poderia opor nenhum fato do seu desconhecimento, nenhum argumento que ele não tivesse meditado; que refutasse, não por negações, mas por meio de outros argumentos mais peremptórios; que pudesse, enfim, atribuir uma causa mais lógica aos fatos averiguados." 
(Revista Espírita, 1860, p. 271)





POR QUE SOFREMOS?

Se Deus é justo, tudo na vida tem uma causa justa.

Deus não pode punir o homem pelo que não fez nem reconhecer os seus méritos quando ele faz algo contrário às suas leis.

Todo sofrimento é consequência de um motivo, portanto.

Se essa causa não está nesta vida, está em vidas anteriores.

O Evangelho Segundo o Espiritismo(1) diz em uma de suas lições que os nossos males estão calcados no orgulho e no egoísmo; que Jesus é o exemplo a ser seguido.

A Terra, que se encontra ainda no estágio de local de provas e expiações rumo a um planeta de regeneração, poderia ser comparada a uma grande escola, a um grande hospital, onde Deus, o médico supremo, ministra a cada um de nós os remédios (normalmente amargos) necessários ao nosso aprimoramento moral.

Os nossos fracassos, as nossas quedas e os nossos sofrimentos são os nossos melhores professores.

Os momentos difíceis fazem com que procuremos uma razão para seguir em frente.

São eles que fazem nos aproximarmos de Deus.

Lembre-se do exemplo da criança que começa a andar.

A cada tombo, um novo aprendizado.

De repente, nos deparamos com esta criança correndo e pulando feliz.

As nossas ações, quando temos de nos superar, fazem de nós pessoas melhores.

A nossa capacidade de resistir às tentações e aos desânimos para continuarmos o caminho é que nos torna pessoas especiais.

Quem somos nós para questionarmos os métodos didáticos de Deus?

Por essa razão é que vemos frequentemente o orgulhoso caindo, o egoísta tendo a perda, o materialista na miséria.

Nada neste mundo nos pertence realmente, somos apenas fiéis depositários e devemos fazer o melhor uso possível dos bens colocados à nossa disposição.

Os nossos bens não são realmente nossos, nossos entes queridos (pais, filhos, esposa e amigos), muito menos.

Nossa casa, nosso carro e todos os nossos bens materiais, também não.

Nada continua conosco quando nos despimos do corpo carnal.

A dor e o sofrimento são métodos didáticos quando nos recusamos a aprender pelo amor.

Reproduzo abaixo uma comunicação por mim recebida por meio da psicografia, do Dr. Victor, em reunião familiar realizada em 2005:

“É uma palavra só: amor.

O amor resume tudo; sem amor não há caridade.

O amor de Deus por nós; o irmão ao próximo.

Quem é o próximo?

Nossos entes queridos?

Próximos são todos; é a humanidade.

Amor ao próximo; tudo se resume nessa palavrinha: amor.

E nós aceitamos; é a fé viva; é o amor.

Uma palavrinha tão pequena que resume todo o ensinamento de Cristo e os mandamentos de Deus.

Então vamos praticar o amor, o verdadeiro amor.

Não esse amor vulgar, deturpado, que está hoje transfigurado, mudando o sentido dessa palavrinha tão importante para a humanidade.

Amor é o sentimento que cura, é a porta aberta para a bênção divina.

Amai-vos sempre.

Fiquem em paz e que o senhor os abençoe com muito amor.”

(1) KARDEC, Allan. 
O Evangelho Segundo o Espiritismo. 112a edição. 
Brasília: FEB, 1944.



quarta-feira, 2 de março de 2011

PSICOLOGIA E ESPIRÍTISMO

Difícil falar em Espiritismo sem lembrarmos do nome de Allan Kardec.

O mesmo acontece quanto o tema é Psicologia onde os nomes de "Freud" e "Jung" estão intimamente ligados.

Sigmund Freud, chamado de "O Pai da Psicanálise", deu grande impulso à Psicologia, ao estudar a interpretação dos sonhos e desenvolver o "método da associação livre", pelo qual conseguiu obter a cura de muitas doenças mentais.

Neste método, os seus pacientes falavam "qualquer coisa que lhes viesse à cabeça".

Freud buscava então desvendar os sentimentos reprimidos nessas manifestações, estimulando seus pacientes a colocarem-nos para fora.

Carl Gustav Jung, deu seqüência ao trabalho desenvolvido por Freud, porém de uma forma, por assim dizer, mais "científica".

Jung aprofundou-se no estudo do inconsciente, sem, no entanto, entrar de maneira mais profunda nos conceitos da reencarnação e da imortalidade do inconsciente (alma ou Espírito).

Atualmente, no entanto, a Psicologia já discute de uma forma mais profunda a estrutura e a origem da chamada "zona inconsciente".

Se Freud começou a desvendar os "véus da alma" pela descoberta das atividades do inconsciente, Jung aprofundou-se no psiquismo, definindo então o inconsciente coletivo.

Faltou-lhe, no entanto, considerar os vínculos com o passado, resultante das vivências renovadas pelo mecanismo da reencarnação.

Jung realizou, no início do século passado, um estudo profundo sobre o desenvolvimento anímico, tendo como paciente uma sonâmbula.

Como resultado de seus estudos, Jung deparou-se com a idéia do processo da imortalidade.

No entanto, por ser de difícil aceitação pelo meio científico de sua época, Jung descartou essa hipótese, criando, como resultado, uma psicologia de difícil entendimento.

Somente em 1928, mesmo assim afirmando que caberia ao futuro uma melhor avaliação do tema, Jung se pronuncia sobre o assunto, afirmando que a mente possui legados de conteúdos históricos, que se tornam presentes na zona consciente, por motivos diversos, preponderantemente aqueles de caráter emocional.

Certamente, a compreensão dos conceitos da imortalidade da alma, da reencarnação e da comunicabilidade com os Espíritos auxiliaria em muito a melhor compreendermos o trabalho desenvolvido.

Observem que interessante, quando Jung aborda a personalidade Maná e suas estruturas arquetípicas: "Reconheço que em mim atua um fator psíquico que se oculta diante de minha vontade consciente.

Inspira-me idéias extraordinárias, ao lado de produzir afetos e caprichos em minha natureza.


Sinto-me importante diante desses fatos e o que considero pior, estou atado a esses fatos de modo a admirá-los". Diz ainda Jung:


"A personalidade Maná é dominante no inconsciente coletivo, é o arquétipo do homem poderoso em forma de herói, mago, santo, curandeiro, dono de homens e Espíritos, amigo de Deus".


Seria este o reconhecimento de Jung da influência dos processos espirituais na psicologia ?


Seria a forma de convergi-los para a aceitação do meio científico de sua época ?


Na terapia junguiana, que explora extensivamente os sonhos e fantasias, um diálogo é estabelecido entre a mente consciente e os conteúdos do inconsciente.


A doença psíquica é tida como uma conseqüência da separação rígida entre elas.


Os pacientes são orientados a ficarem atentos aos significados pessoal e coletivo (arquétipo) inerente aos seus sintomas e dificuldades.


Sob condições favoráveis eles poderão ingressar no processo de individuação: uma longa série de transformações psicológicas que culminam na integração de tendências e funções opostas, e na realização da totalidade.


Jung trilhou a individuação, pois havia a necessidade imperiosa nele de ir ao inferno e voltar para poder mostrar o caminho da volta àqueles que ficaram perdidos pelo caminho da vida.


Tornou-se ele uma resposta sincera e corajosa ao nosso tempo.


"Sou eu próprio uma questão colocada ao mundo e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à resposta que o mundo me der". (In http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_Gustav_Jung#Jung_-_Uma_resposta_ao_nosso_tempo)


Inquestionável, no entanto, que os conceitos espíritas permitem uma melhor compreensão da zona inconsciente ou Espírito.


Frente à imortalidade da Alma, o Sonambulismo e a possibilidade da comunicabilidade com os espíritos, realizados por intermédio dos fenômenos mediúnicos, a compreensão dos complexos afetivos e a personalidade Maná seriam mais facilmente entendidos.


Enquanto ciência, a Doutrina Espírita se caracteriza pela sua excelência, seu dinamismo e pela sua lógica sempre fundada na fé raciocinada, impulsionando o ser humano na busca de sua evolução moral e científica.