APRENDENDO COM OS ESPÍRITOS

Somos seres imortais, criados por Deus simples e ignorantes para que retornemos a ele simples e moral e intelectualmente evoluídos.

Cabe a cada um de nós o esforço contínuo no sentido de "modelarmos a nossa argila".

E esse trabalho de "modelagem" de nós mesmos arrasta séculos, milênios onde vamos lenta e gradualmente evoluindo moral e intelectualmente rumo ao Pai.

De acordo com a Doutrina Espírita, esse processo acontece por meio da reencarnação.

Vivemos portanto, nesse instante, uma das nossas milhares ou quem sabe milhoes de existências, no caminho de nossa evolução individual. Somos, portanto, obra inacabada de nós mesmos.

Se a semeadura é livre, mas a colheita é certa, então, inegavelmente, colhemos o que plantamos.

E plantamos e colhemos todos os dias, todos os momentos de nossa vida.

O bom plantio depende portanto de sabermos e nos esforçarmos para escolhermos as sementes certas, para que no futuro a colheita seja farta e de qualidade.

Isso não explica a lei da atração, da sintonia?

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo e não fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que a nós fosse feito, lembrando que não basta simplesmente não fazermos o mal, é preciso que nos esforcemos para fazer o bem.

Compreender é uma coisa; colocar esses ensinamentos em prática já é bem diferente...... Exige vontade e determinação!

A Doutrina Espírita nos ensina também que aquilo que chamamos de "sobrenatural" decorre do nosso pouco conhecimento das Leis Naturais que regem o universo.

>Sobrenatural, portanto, não existe.

Desta forma, o processo de intercâmbio entre os Planos Material e Espiritual torna-se compreensível e factível; em outras palavras, natural e possível.

E foi exatamente essa experiência que mudou radicalmente a minha forma de encarar a vida.

Essa tragetória se iniciou no ano de 2004, quando, para minha total surpresa, me deparei com o dom da psicografia.

Um mundo novo e até então inimaginável e incompreensível se abriu para mim.

Por meio desta nova forma de encarar a vida, descobri não só a existência do Plano Espiritual, mas também entendi como se dá esse intenso processo de intercâmbio entre os dois mundos, processo esse que permite que, enquanto encarnados, pela vontade de Deus, o nosso criador, possamos receber todo o apoio, incentivo e dedicação do Plano Espiritual para conosco no sentido de cumprirmos o nosso "Planejamento Reencarnatório" (O nosso "plano de vôo" para cada reencarnação, cujo cumprimento depende de nossas ações).

E por falar nele, que emocionante descobrir que o meu Planejamento Reencarnatório previa, em conjunto com a minha esposa a criação de uma Casa de Oracão e estudo da Doutrina Espirita, (acesse o blog do LEAC e conheça mais sobre a Casa, no endereço http://www.larespiritaaguasclaras.com.br/) voltada à cura e a assistencia a nossos irmaos encarnados e desencarnados.

Que experiência gratificante esta de poder ajudar, por meio da aplicacao de passes magnéticos, aos nossos irmaos encarnados que tanto precisam de auxílio para suas dores fisicas.

Que experiência facinante esta de poder ajudar, por meio de orientacao e pura doação de amor, aos nossos irmãozinhos desencarnados em estado de dor e sofrimento moral.

Enfim, esses são alguns dos ensinamentos que por meio do estudo sistemático das obras de Allan Kardec (O Codificador da Doutrina Espírita) vamos assimilando e tentando colocar em prática, mesmo que gradualmente.

A partir desses aprendizados e mediante as infindáveis experiências de intercâmbio com o Plano Espiritual, escrevi o livro " Aprendendo com os Espiritos", onde relato alguns conhecimentos adquiridos e também algumas das comunicações estabelecidas com o mundo espiritual.

Espero que este livro contribua para que você, assim como eu, também passe a encarar osa fatos e os objetivos da vida sob uma ótica diferente.

Boa leitura!!

COLABORE

TODA RENDA DESTE LIVRO É APLICADA NAS OBRAS SOCIAIS DO LEAC.

LIVRO APRENDENDO COM OS ESPIRITOS DE SILNEY DE SOUZA

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sexta-feira, 27 de maio de 2011

DOUTRINA ESPÍRITA

Conta a história que Sócrates aguardava em seu cárcere o momento da sua execução quando foi surpreendido pelos seus seguidores que corrompendo os sentinelas conseguiram chegar até ele com intuito de libertá-lo.

"Vamos conosco Sócrates. Estamos aqui para levá-lo conosco. Eles vão acabar com você."

Para surpresa daqueles que tentavam libertá-lo, disse Sócrates levantando a pele flácida que revestia suas mãos: Eles querem acabar com isso? Isso não é Sócrates!

Foi então que seus discípulos compreenderam que Sócrates referia-se a sua verdadeira essência, a vida futura e ao seu espírito que jamais conseguiriam aniquilar.

Contam-nos os livros da época da inquisição que Jan Huss, que atacou e ironizou os perdões, indulgências, absolvições, peregrinações, cultos de santos, etc. morreu na fogueira. 



Huss sustentava que o perdão dos pecados só poderia ser obtido por contrição e penitência sincera, e nunca por dinheiro; que nem o Papa, nem qualquer sacerdote, poderiam levantar a
espada em nome da Igreja; que a infalibilidade do Papa era uma blasfêmia

.
Condenado injustamente morreu na fogueira como herege, cantando hinos religiosos. 



Em seus últimos momentos Huss (que em tcheco quer dizer ganso ou pato) teria proferido a seguinte frase: "Hoje vós assais um pato, mas dia virá em que o cisne de luz voará tão alto, que as vossas labaredas não mais alcançarão." 


Séculos depois Jan Huss volta como Allan Kardec..

Kardec não teve o mesmo fim, embora seus livros tenham sido queimados no evento denominado "Ato de fé de Barcelona".

Exemplos de fé na vida futura e de convicção não nos faltam. O mestre Jesus em seu momento derradeiro disse: "Perdoai-os Pai, pois eles não sabem o que fazem".

Todos eles tiveram a chance de voltar atrás e de negar as suas convicções frente às ameaças que foram vítimas.

No entanto, apesar de pagarem com sua própria vida, não hesitaram, nem tampouco vacilaram em suas convicções, dando-nos um exemplo de coragem e de fé. 



Fé na vida futura.

Guardadas as devidas proporçoes, quantas vezes nos deparamos em nossas vidas com situacoes onde nos sentimos com a responsabilidade de defendermos nossos pontos de vista, nossas crenças, nem que com isso tenhamos que contrariar a grande maioria?

Quantas não são aquelas situações onde relacionamentos, bens materiais, amizades, projetos, grupos de trabalho sao descontinuados, perdidos por defendermos as nossas crencas, por não voltarmos atras convictos de nossa responsabilidade, de nossa missão? 



Muitos chamariam ou classificariam tal comportamento como teimosia. Não é o caso aqui.

E como é bom vermos o tempo demonstrando a todos os bons frutos resultantes do trabalho árduo e das convicções sinceras; o retorno daqueles que inicialmente não acreditavam em nós.

Sejamos pois todos benvindos na Seara do Pai!

Reflitamos!!!




quarta-feira, 25 de maio de 2011

É O MEU FILHO QUE ESTÁ AI.....

É o meu filho que está ai, repetia a mãe em desespero. Vai com Deus meu filho. 


Nós te amamos muito! 


Dizia ela em prantos, enquanto o caixão era lenta e cuidadosamente baixado e ajeitado no jazigo.

Cena que emociona e comove ao coração mais endurecido. Como é sublime e divino o amor de uma mãe para o seu filho. Talvez a maior expressão de amor que conheçamos. Sentimento que mais se aproxima ao puro amor ensinado pelo Cristo durante seu pouco tempo de existência neste planeta de provas e expiações.

Emocionado um familiar me diz: a gente queria tanto que ele se recupera-se.... As suas preces infelizmente não "funcionaram"....

Deus é quem sabe, é a única coisa que consigo dizer. Deus é quem sabe...

Mas que Deus é esse então que separa um filho de uma mãe? Que permite tanto sofrimento e que não atende às nossas preces? Onde está a sabedoria e a bondade infinita deste Pai, que permite que alguém tão jovem, tão cheio de vida e de esperanças se vá assim tão cedo?

Recordo-me então das palavras consoladoras da Doutrina Espírita e do texto do Evangelho Segundo o Espiritismo que nos ensina:



 " Quando a morte vem ceifar em vossas famílias, levando sem consideração os jovens em lugar dos velhos, dizeis freqüentemente: 


“Deus não é justo, pois sacrifica o que está forte e com o futuro pela frente, para conservar os que já viveram longos anos, carregados de decepções: leva os que são úteis e deixa os que não servem para nada mais; fere um coração de mãe, privando-o da inocente criatura que era toda a sua alegria”. 


Criaturas humanas, é nisto que tendes necessidades de vos elevar, para compreender que o bem está muitas vezes onde pensais ver a cega fatalidade. 


Por que medir a justiça divina pela medida da vossa? 


Podeis pensar que o Senhor dos Mundos queira, por um simples capricho, infligir-vos penas cruéis? 


Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser. 


Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos atingem, sempre encontrariam nela a razão divina, razão regeneradora, e vossos miseráveis interesses representariam umas considerações secundárias, que relegaríeis ao último plano. 


Acreditai no que vos digo: a morte é preferível, mesmo numa encarnação de vinte anos, a esses desregramentos vergonhosos que desolam as famílias respeitáveis, ferem um coração de mãe, e fazem branquear antes do tempo os cabelos dos pais. 


A morte prematura é quase sempre um grande benefício, que Deus concede ao que se vai, sendo assim preservado das misérias da vida, ou das seduções que poderiam arrastá-lo à perdição. 


Aquele que morre na flor da idade não é uma vítima da fatalidade, pois Deus julga que não lhe será útil permanecer maior tempo na Terra. 


É uma terrível desgraça, dizeis, que uma vida tão cheia de esperanças seja cortada tão cedo! Mas de que esperanças querem falar? 


Das esperanças da Terra onde aquele que se foi poderia brilhar, fazer sua carreira e sua fortuna? 


Sempre essa visão estreita, que não consegue elevar-se acima da matéria! 


Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida tão cheia de esperanças, segundo entendeis? 


Quem vos diz que ela não poderia estar carregada de amarguras? 


Considerais como nada as esperanças da vida futura, preferindo as da vida efêmera que arrastais pela Terra? 


Pensais, então, que mais vale um lugar entre os homens que entre os Espíritos bem-aventurados? 


Regozijai-vos em vez de chorar, quando apraz a Deus retirar um de seus filhos deste vale de misérias. Não é egoísmo desejar que ele fique, para sofrer convosco? 


Ah! essa dor se concebe entre os que não tem fé, e que vêem na morte a separação eterna. Mas vós, espíritas, sabeis que a alma vive melhor quando livre de seu invólucro corporal. 


Mães, vós sabeis que vossos filhos bem-aventurados estão perto de vós; sim, eles estão bem perto: seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, vossa lembrança os inebria de contentamento; mas também as vossas dores sem razão os afligem, porque revela uma falta de fé e constituem uma revolta contra a vontade de Deus. 


Vós que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações de vosso coração, chamando esses entes queridos. 


E se pedirdes a Deus para os abençoar, sentireis em vós mesmas a consolação poderosa que faz secarem as lágrimas, e essas aspirações sedutoras, que vos mostram o futuro prometido pelo soberano Senhor."

quinta-feira, 19 de maio de 2011

TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA...


Era uma vez, num certo dia, há bilhões de anos, em que Deus, nosso Pai de amor e misericórdia, acordou com uma vontade incontrolável de criar novos mundos. Disse Ele então: Que se faça a luz!



Imediatamente, uma enorme bola de fogo se criou e dela se desprenderam diversos pedaços. Estava criado o Sol e os planetas do Sistema Solar. Ai, então, Deus pensou: Preciso arrumar gente pra botar ordem em toda essa bagunça que eu acabei de fazer. Para cuidar de um desses planetas, um tal de planeta Terra, Deus convocou Jesus e lhe disse: “tome conta deste planeta pra mim. Ai será um local de provas e expiações!” Foi então que Jesus pensou: “Esse Deus me mete em cada encrenca! Mas não falou nada, afinal, ordem de Deus é pra ser cumprida!” Pensou ainda Jesus: “E esse negócio tá quente pacas! Acabou de sair do forno! Primeiro vou ter que esfriar tudo isso.”



E foi assim que Jesus, responsável pelo nosso planeta, planejou cada uma de suas etapas, até que o planeta estivesse em condições de receber a raça humana. E foram várias as etapas, cuidadosamente planejadas e executadas ao longo de bilhões de anos.



No momento adequado, Jesus envolveu, temporariamente, todo o planeta com uma substância chamada protoplasma, que combinada aos elementos que o planeta já continha, foi dando origem a vida de diversas espécies vegetais e animais, espalhadas por todo o planeta. No momento planejado Jesus comunicou a Deus, então, que o planeta já estava totalmente pronto para o surgimento da raça humana. Foi ai que Deus disse o seguinte: “Jesus, vou providenciar imediatamente a criação dos espíritos que vão habitar esse planeta. Todos terão em sua consciência as minhas leis, mas eles serão criados simples e ignorantes. A sua tarefa é devolvê-los a mim simples e moral e intelectualmente evoluídos.”



Jesus pensou: “Isso vai ser bico! Rapidinho vou estar bem com o Chefe!”



Algum tempo depois, conversando com os governadores de outros planetas, Cristo ficou sabendo que no planeta Capela haveria certo "expurgo", pois tinha uma turminha lá que insistia em fazer coisas erradas. Jesus pediu então ao Governador de Capela, para receber no planeta Terra esses Capelinos rebeldes. A lógica era a seguinte: Eles podiam ser teimosos, mas iriam ajudar muito os habitantes da Terra do ponto de vista intelectual. A vinda desses capelinos para o nosso planeta impulsionou muito a evolução intelectual no planeta Terra. O homem desenvolveu a vida em grupos, as armas para caçar, o fogo, etc. Mas como nem tudo são flores, eles trouxeram também uma serie de vícios morais ao planeta.



Gradativamente Deus foi criando mais e mais espíritos e a população ligada ao planeta passou dos bilhões. Jesus foi se dando conta então de que botar a raça humana no trilho não seria uma tarefa tão fácil como ele tinha imaginado inicialmente. Aconselhou-se com Deus e Este disse: “precisamos por regras!”



Vou enviar os meus 10 mandamentos pra lá imediatamente. E assim procedeu. Mais algum tempo se passou e vendo que, apesar dos mandamentos de Deus a coisa aqui não mudava muito, Jesus pensou: “nada como o olho do dono para o negócio funcionar. Eu vou até lá pra ensinar umas coisinhas pra essa turma!”



E assim ele fez. Estando entre os homens, Jesus preocupou-se em deixar todo um legado de ensinamentos morais, calcados no amor e na caridade. Só aceitou ser chamado de Mestre, o único titulo que ele permitiu ser chamado, e resumiu as suas lições em uma pequena palavra de apenas quatro letras: O Amor! E sintetizou os seus ensinamentos em uma frase: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo!



Mas parece que a turma que estava encarnada naquela época não conseguiu entender muito bem qual era a de Jesus e resolveu se livrar dele. Como se isso fosse possível......



Foi ai que ele disse: “onde houver duas ou mais pessoas em meu nome lá eu também estarei”. Mas e se só tiver uma? Ele também lá estará, mas Cristo queria que nos reuníssemos em seu nome, por isso disse duas ou mais. No momento derradeiro, sabendo da nossa pouca evolução moral ainda, ele pediu ao Pai: "Perdoai-os Pai, pois eles não sabem o que fazem”.



Passaram-se mais de 2 mil anos da vinda de Jesus ao planeta e os seus ensinamentos ainda são pouco compreendidos e praticados. O problema é que embora lentamente, tudo deve evoluir e esta se aproximando o momento em que, a exemplo de Capela, o nosso planeta precisa mudar de estagio, deixando de ser um planeta de provas e expiações e passando a ser um mundo de regeneração.



E assim como aconteceu em Capela, quem não tiver evoluído o suficiente não vai poder ficar por aqui, sendo "realocado" a algum outro planeta compatível ao seu nível moral, nas milhões de moradas do Pai. E a mudança está próxima. Ramatis teoriza a verticalização do eixo da terra. (que já esta gradualmente acontecendo). Civilizações antigas têm seu calendário apontando para 2012. Teorias e especulações sobre o fim dos tempos não faltam, nas mais diversas culturas e religiões, mas assim como o circulo, o fim de um ciclo representa o inicio de outro.



E que seja um novo ciclo de paz, de evolução e de amor para toda a raça humana ligada ao planeta Terra.



DESPRENDIMENTO MATERIAL E ESPIRITUAL


Contam-nos muitos dos livros e romances espíritas (situação aplicável a grande maioria de nós), que faz parte do processo de início do planejamento reencarnatório, "batamos à porta" do Departamento de Reencarnação da Colônia Espiritual que estamos "frequentando" e manifestarmos a nossa intenção, pedirmos autorização para tal. 

Esta solicitação dá origem a todo um planejamento reencarnatório, minuciosa e detalhadamente preparado, abordando diversos aspectos que vão desde a escolha do melhor momento do reencarne, pais biológicos, sexo (muita vezes vinculado àquele mais aplicável às provas, expiações e missões desta nova existência), reencarnação de outras pessoas a nós de alguma forma ligadas (seja por laços de amor, seja por necessidades de reajuste), estrutura biológica do nosso corpo abordando entre outros, como exemplo, a propensão a doenças (em razão das nossas necessidades de aprimoramento moral), enfim uma infinidade de itens que não seria possível aqui descrevem em sua totalidade, mas que devem harmonizar-se em seu conjunto para que o milagre da "vida" novamente se faça.

Do ponto de vista físico, a partir do momento da concepção, vamos "emprestamos temporariamente" um útero materno que nos fornece abrigo, proteção e as condições de desenvolvimento até o momento do nascimento.

Chegado esse momento somos obrigados a abandonar todo esse conforto e proteção caso queiramos, como dizem os nossos bons amigos baianos "estrear".

Pois bem, nosso espírito novamente ligado a um corpo passa a denominar-se alma e a ele estará ligado até o momento do próximo desencarne. Sim, pois já encarnamos e desencarnamos milhares de vezes!

Na qualidade de bebês, ganhamos amor dos nossos pais, familiares e afins, ganhamos um protetor espiritual, ganhamos casa, comida, roupas, enfim condições de sub-existência mínimas necessárias à manutenção da vida no corpo físico.

Crescemos, estudamos, aprendemos, trabalhamos, auxiliamos, enfim vivemos e ao longo desta nova existência começamos a agir como se estivéssemos aqui, neste planeta Terra de tantas provas e expiações, para todo o sempre, muitas vezes esquecendo o real sentido e objetivo da existência atual que é o nosso aprimoramento moral e intelectual.

Ao longo de uma parte significativa da vida vamos "juntando coisas" que acreditamos piamente serem nossas. 

Começando pelas materiais,compramos roupas, relógios, jóias, sapatos, carros, casas, terrenos, guardamos dinheiro no banco e por ai afora. Tudo isso nos "pertence". 

Acreditamos também que somos donos de certas pessoas. Infelizmente é assim que pensamos..... Que elas são de nossa propriedade e que têm que estar sempre conosco. 

Em essência é a forma egoísta de amar que possuímos, compatível com o nosso estágio evolutivo atual. 

É a minha mãe, o meu pai, a minha esposa ou marido, são os meus filhos, a minha família, os meus amigos etc etc etc.

Existe o tempo em que a vida tudo "dá".....

Mas, existe também o tempo em que a vida "toma" ou "pega de volta". 

E é exatamente nesses momentos que nos deparamos com a dor e o sofrimento.

São as perdas materiais que levam tantas pessoas a cometerem as mais desesperadoras atitudes. 

São as perdas afetivas, de entes queridos, aqueles mais próximo principalmente, que nos levam até mesmo a duvidar da existência de Deus.

Mas o que se perde realmente? A matéria? Essa sempre pertenceu e continuará pertencendo a esse planeta. 

Até mesmo o nosso corpo físico "a terra retornará".

E as perdas afetivas? Mas pensemos bem, se somos seres imortais, ninguém perde ninguém, apenas separamo-nos momentaneamente, pois temos então a certeza de que reencontraremos nossos entes queridos num futuro próximo, em alguma colônia espiritual desse "mundão afora". 

Afinal há muitas moradas na casa do Pai. 

Enquanto esperamos esse reencontro, embora parte significativa de nós não possa ver e até mesmo nem sentir, eles estão muitas vezes ao nosso lado, nos intuindo, nos auxiliando e nos doando muito amor e incentivo para continuarmos em nossa jornada evolutiva, sempre alinhados ao bem.

Racionalmente pensando, porque então tanto desespero nos momentos de dificuldades?

Ou será que definitivamente não cremos que o Pai Maior nos ama e só quer o nosso bem?

Quando vamos aprender definitivamente a enxergar o bem aonde só conseguimos ver o mal e a desgraça.

E Deus já nos mostrou o quão hábil é nisso, transformar o mal em oportunidades de aprendizado, de evolução e de transformação para o bem.

Ou será que por traz das ações de Deus, que tudo sabe e a tudo vê, não há efetivamente uma causa e uma razão inteligente?

Amemo-nos, instruamo-nos e pratiquemos a caridade. 

Entreguemos ao Pai de amor as nossas vidas, com a certeza de que uma folha não cai de uma árvore sem que Deus assim não o queira. 

Desprendamo-nos definitivamente dos laços que nos prendem e que nos trazem tanta infelicidade.

Desenvolvamos a nossa fé racional, com a certeza de que encontraremos a felicidade na vida futura, desprendendo-nos de todo sentimento de posse e de todo e qualquer apego material e emocional, afinal esse é o processo:

Nascer, Morrer e Renascer em busca do constante aperfeiçoamento moral, aprendizado e da felicidade plena ao lado do Pai Maior.

Reflitamos.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

NOSSO LAR – ANDRÉ LUIZ

Assim como parte significativa dos simpatizantes e praticantes da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec eu também estava ansioso para assistir ao filme “Nosso Lar” que relata a “saga” do retorno ao Plano Espiritual, de um médico brasileiro, que se utiliza do pseudônimo “André Luiz”.
Igualmente à maioria da platéia presente à sala de cinema neste final de semana, confesso que também chorei. 

E chorei muito, em vários momentos do filme. 
Esse é um daqueles filmes que podem mudar o rumo das nossas vidas.
É emocionante o reencontro de mãe e filho (André Luiz) no Plano Espiritual; demonstração clara do que esse sublime amor, talvez a expressão mais próxima do amor que o Cristo nos ensinou, pode realizar. 
É de arrepiar o momento em que a família reunida em volta do piano relembra a música preferida de André Luiz, enquanto ele ali presente a tudo assistia e se emocionava.
Difícil conter as lágrimas. 

Cada etapa do filme toca profundamente os nossos sentimentos. 
Cada um derrama suas lágrimas em razão diretamente proporcional ao seu momento de vida, lembranças e experiências que caracterizaram nossa existência atual. 
Impressionante!
Única a oportunidade de assistir ao filme ao lado do meu filho de 12 anos e poder esclarecer suas dúvidas e seus questionamentos, conforme o filme seguia seu curso.
Embora tenha sido angustiante ver André Luiz naquela planície tenebrosa e escura, repleta de seres em estado de sofrimento, como é gratificante, por outro lado, a certeza de que a vida continua para todos nós. 

E se a semeadura é livre a colheita é certa. 
A certeza de que somos todos responsáveis pelos nossos atos e que colhemos exatamente aquilo que plantamos.
De médico quando encarnado a “repórter do além túmulo”, André Luiz nos leva a profundas reflexões sobre o real sentido da existência humana. 

A produção é impecável. 
Apesar de muito difícil, em razão da beleza do maravilhoso cenário que parece ter servido de inspiração às obras do nosso grande Oscar Niemeyer, recomendo menor atenção aos aspectos cosméticos do filme e mais atenção à sua mensagem.
A lição do amor, palavra tão pequena que sintetiza todo o ensinamento do Cristo. 

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. 
Extirpar de nós todo egoísmo, todo orgulho; exercitar o perdão; praticar a caridade. 
Ações tão difíceis em nosso atual estágio evolutivo.
A importância dos nossos pensamentos, nossas ações, nossas vibrações e a responsabilidade que temos sobre elas. 

O despertar da importância de fazermos bom uso desta encarnação, nos despojando, pouco a pouco, das nossas ações desalinhadas ao ensinamento do Cristo, dos nossos vícios e de tudo que nos escraviza quando não bem administrado (o álcool, as drogas, o sexo etc.), com a certeza de que somos seres imortais em constante evolução e aprendizado.
A certeza de que a nossa sorte não está irrevogavelmente fixada após uma existência e de que teremos a oportunidade, como, aliás, estamos tendo, de nos melhorarmos intelectual e moralmente pelo processo das reencarnações sucessivas.
A conscientização da importância do respeito e das orações destinadas aos nossos irmãos que se foram. 

Enfim, a relevância da prática do Cristianismo em sua mais pura essência, o Cristianismo primitivo.
Como disse o Cristo, a felicidade não é deste mundo. 

Ela realmente não pode ser encontrada em nada que a esse mundo pertença. 
A verdadeira felicidade nasce de dentro para fora, principalmente quando nos empenhamos em acumular aqueles tesouros que o tempo e as traças não corroem aqueles verdadeiros tesouros que levamos conosco no momento da partida para o outro plano, o amor, o respeito, a gratidão etc.
Essas são algumas das mensagens que o espiritismo, a terceira revelação, veio trazer ao mundo. Mensagens de paz, de amor e de esperança, independentemente das práticas e das crenças religiosas de cada ser.
O filme traz essa mensagem intrínseca de paz, de amor e principalmente de esperança. 

Amor do Pai Maior a toda a humanidade; esse Pai que não abandona nenhum dos seus filhos.
Para aqueles que ainda duvidam, pergunto. 

E se, “por acaso” a vida futura for exatamente da forma relatada por André Luiz em Nosso Lar? Quanta dor e quantos rangeres de dentes podemos evitar nos esforçando para estarmos preparados para ela, a vida real. 

O ECO DE ALÉM TÚMULO



A Revista Espírita de 1.869, a última editada sob a coordenação de Kardec, traz em suas últimas páginas um interessante relato sobre o aparecimento de uma publicação espírita em língua portuguesa no Brasil, sob o título de “O Eco de Além Túmulo, monitor do Espiritismo no Brasil” sob a direção do Sr. Luiz Olympio Telles de Menezes.
Comenta Kardec: “....Com efeito, é preciso grande coragem de opinião para criair num país refratário como o Brasil um órgão destinado a popularizar os nossos ensinamentos.” Diz ainda Kardec: “....Para nós, o Espiritismo não deve tender para nenhuma forma religiosa determinada. Ele é e deve continuar como uma filosofia tolerante e progressiva, abrindo seus braços a todos os deserdados, seja qual for a nacionalidade e a convicção a que pertençam.” (grifo nosso).
Kardec extraiu algumas passagens desta publicação, às quais não poderíamos deixar de citar. Ai vão elas:
“O fenômeno da manifestação dos Espíritos é maravilhoso, surgindo e vulgarizando-se por toda parte.”
“Conhecido desde a mais remota antiguidade, vemo-lo hoje em pleno século dezenove, renovado e observado pela primeira vez na América setentrional, nos Estados Unidos, onde se produziu por movimentos insólitos de objetos diversos, por ruídos, por pancadas realmente extraordinárias!”
“Da América passou rapidamente para a Europa e aí, principalmente na França, ao cabo de alguns anos saiu do domínio da curiosidade e entrou no vasto campo da Ciência.”
“Novas idéias, emanadas então de milhares de comunicações, obtidas das revelações dos Espíritos que se manifestavam, quer espontaneamente, quer por evocação, deram lugar ao nascimento de uma doutrina eminentemente filosófica que, em alguns anos, deu a volta à Terra e penetra em todas as nações, recrutando, em cada uma delas, tão grande número de prosélitos que hoje são contados aos milhões.”
“A idéia do Espiritismo não foi concebida por ninguém; conseqüentemente, ninguém é o seu autor.”
“Se os Espíritos não se tivessem manifestado espontaneamente, por certo o Espiritismo não existiria. Portanto, o Espiristimo é uma questão de fato, e não de opinião, não podendo as denegações da incredulidade prevalecer contra esse fato.”
“..... E, todavia, o Espiritismo não é privilégio exclusivo de ninguém. Qualquer pessoa, na intimidade de sua família, pode encontrar um médium em alguns de seus parentes, e então poderá, se o quiser, fazer suas próprias observações; mas não deve faze-las com precipitação, à sua maneira, nem circunscreve-las ao círculo de suas prevenções ou de seus preconceitos, para depois concluir enfaticamente pela negação daquilo que, por qualquer circunstância, não pôde ser estudado e, por conseguinte, ficou mal compreendido, é antes uma prova de leviandade do que de sabedoria.”
Recomendo a leitura integral publicada na Revista Espírita de Novembro de 1.869.