APRENDENDO COM OS ESPÍRITOS

Somos seres imortais, criados por Deus simples e ignorantes para que retornemos a ele simples e moral e intelectualmente evoluídos.

Cabe a cada um de nós o esforço contínuo no sentido de "modelarmos a nossa argila".

E esse trabalho de "modelagem" de nós mesmos arrasta séculos, milênios onde vamos lenta e gradualmente evoluindo moral e intelectualmente rumo ao Pai.

De acordo com a Doutrina Espírita, esse processo acontece por meio da reencarnação.

Vivemos portanto, nesse instante, uma das nossas milhares ou quem sabe milhoes de existências, no caminho de nossa evolução individual. Somos, portanto, obra inacabada de nós mesmos.

Se a semeadura é livre, mas a colheita é certa, então, inegavelmente, colhemos o que plantamos.

E plantamos e colhemos todos os dias, todos os momentos de nossa vida.

O bom plantio depende portanto de sabermos e nos esforçarmos para escolhermos as sementes certas, para que no futuro a colheita seja farta e de qualidade.

Isso não explica a lei da atração, da sintonia?

Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo e não fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que a nós fosse feito, lembrando que não basta simplesmente não fazermos o mal, é preciso que nos esforcemos para fazer o bem.

Compreender é uma coisa; colocar esses ensinamentos em prática já é bem diferente...... Exige vontade e determinação!

A Doutrina Espírita nos ensina também que aquilo que chamamos de "sobrenatural" decorre do nosso pouco conhecimento das Leis Naturais que regem o universo.

>Sobrenatural, portanto, não existe.

Desta forma, o processo de intercâmbio entre os Planos Material e Espiritual torna-se compreensível e factível; em outras palavras, natural e possível.

E foi exatamente essa experiência que mudou radicalmente a minha forma de encarar a vida.

Essa tragetória se iniciou no ano de 2004, quando, para minha total surpresa, me deparei com o dom da psicografia.

Um mundo novo e até então inimaginável e incompreensível se abriu para mim.

Por meio desta nova forma de encarar a vida, descobri não só a existência do Plano Espiritual, mas também entendi como se dá esse intenso processo de intercâmbio entre os dois mundos, processo esse que permite que, enquanto encarnados, pela vontade de Deus, o nosso criador, possamos receber todo o apoio, incentivo e dedicação do Plano Espiritual para conosco no sentido de cumprirmos o nosso "Planejamento Reencarnatório" (O nosso "plano de vôo" para cada reencarnação, cujo cumprimento depende de nossas ações).

E por falar nele, que emocionante descobrir que o meu Planejamento Reencarnatório previa, em conjunto com a minha esposa a criação de uma Casa de Oracão e estudo da Doutrina Espirita, (acesse o blog do LEAC e conheça mais sobre a Casa, no endereço http://www.larespiritaaguasclaras.com.br/) voltada à cura e a assistencia a nossos irmaos encarnados e desencarnados.

Que experiência gratificante esta de poder ajudar, por meio da aplicacao de passes magnéticos, aos nossos irmaos encarnados que tanto precisam de auxílio para suas dores fisicas.

Que experiência facinante esta de poder ajudar, por meio de orientacao e pura doação de amor, aos nossos irmãozinhos desencarnados em estado de dor e sofrimento moral.

Enfim, esses são alguns dos ensinamentos que por meio do estudo sistemático das obras de Allan Kardec (O Codificador da Doutrina Espírita) vamos assimilando e tentando colocar em prática, mesmo que gradualmente.

A partir desses aprendizados e mediante as infindáveis experiências de intercâmbio com o Plano Espiritual, escrevi o livro " Aprendendo com os Espiritos", onde relato alguns conhecimentos adquiridos e também algumas das comunicações estabelecidas com o mundo espiritual.

Espero que este livro contribua para que você, assim como eu, também passe a encarar osa fatos e os objetivos da vida sob uma ótica diferente.

Boa leitura!!

COLABORE

TODA RENDA DESTE LIVRO É APLICADA NAS OBRAS SOCIAIS DO LEAC.

LIVRO APRENDENDO COM OS ESPIRITOS DE SILNEY DE SOUZA

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quarta-feira, 22 de junho de 2011

MENSAGEM PSICOFÔNICA DE BEZERRA DE MENEZES







Está circulando na internet uma mensagem psicofônica que teria sido recebida de Bezerra de Menezes, (espírito) transmitida por Divaldo Franco, em Los Ângeles, em 13.11.2010. Como pessoalmente desconheço a origem e a confiabilidade de mensagens que nos chegam todos os dias por esse canal de comunicação, lembro e recomendo fazer sempre, bom uso de nossa análise crítica e da razão, como nos ensinou Kardec. No entanto, é incontestável, que a mensagem toca em temas importantes e atuais. Segue a mensagem:

"Meus filhos: Que Jesus nos abençoe. A sociedade terrena vive, na atualidade, um grave momento mediúnico no qual, de forma inconsciente, dá-se o intercâmbio entre as duas esferas da vida. Entidades assinaladas pelo ódio, pelo ressentimento, e tomadas de amargura cobram daqueles algozes de ontem o pesado ônus da aflição que lhes tenham proporcionado. Espíritos nobres, voltados ao ideal de elevação humana sincronizam com as potências espirituais na edificação de um mundo melhor. As obsessões campeiam de forma pandêmica, confundindo-se com os transtornos psicopatológicos que trazem os processos afligentes e degenerativos. Sucede que a Terra vivencia, neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração. Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hediondez do sentimento e das emoções. As glórias das conquistas do intelecto esmaecem diante do abismo da crueldade, da dissolução dos costumes, da perda da ética, e da decadência das conquistas da civilização e da cultura...

Não seja, pois, de estranhar que a dor, sob vários aspectos, espraia-se no planeta terrestre não apenas como látego, mas, sobretudo, como convite à reflexão, como análise à transitoriedade do corpo, com o propósito de convocar as mentes e os corações para o ser espiritual que todos somos.

Fala-se sobre a tragédia do cotidiano com razão. As ameaças de natureza sísmica, a cada momento tornam-se realidade tanto de um lado como de outro do planeta. O crime campeia a solta e a floração da juventude entrega-se, com exceções compreensíveis, ao abastardamento do caráter, às licenças morais e à agressividade. Sucede, meus filhos, que as regiões de sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali ficaram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na grande transição, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm entregado. E esses, que teimosamente permanecem no mal, a benefício próprio e do planeta, irão ao exílio em orbes inferiores onde lapidarão a alma auxiliando os seus irmãos de natureza primitiva, como nos aconteceu no passado.

Por outro lado, os nobres promotores do progresso de todos os tempos passados também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquistas, não só da inteligência e da tecnologia de ponta, mas também dos valores morais e espirituais. Ao lado deles, benfeitores de outra dimensão emboscam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem esses verdugos da sociedade. Aos médiuns cabe a grande tarefa de ser ponte entre as dores e as consolações. Aos dialogadores cabe a honrosa tarefa de ser, cada um deles, psicoterapeutas de desencarnados, contribuindo para a saúde geral. Enquanto os médiuns se entregam ao benefício caridoso com os irmãos em agonia, também têm as suas dores diminuídas, o seu fardo de provas amenizadas, as suas aflições contornadas, porque o amor é o grande mensageiro da misericórdia que dilui todos os impedimentos ao progresso – é o sol da vida, meus filhos, que dissolve a névoa da ignorância e que apaga a noite da impiedade. Reencarnastes para contribuir em favor da Nova Era. As vossas existências não aconteceram ao acaso, foram programadas. Antes de mergulhardes na neblina carnal, lestes o programa que vos dizia respeito e o firmastes, dando o assentimento para as provas e as glórias estelares. O Espiritismo é Jesus que volta de braços abertos, descrucificado, ressurreto e vivo, cantando a sinfonia gloriosa da solidariedade. Dai-vos as mãos!

Que as diferenças opinativas sejam limadas e os ideais de concordância sejam praticados. Que, quaisquer pontos de objeção tornem se secundários diante das metas a alcançar. Sabemos das vossas dores, porque também passamos pela Terra e compreendemos que a névoa da matéria empana o discernimento e, muitas vezes, dificulta a lógica necessária para a ação correta. Mas ficais atentos: tendes compromissos com Jesus. Não é a primeira vez que vos comprometestes enganando, enganado-vos. Mas esta é a oportunidade final, optativa para a glória da imortalidade ou para a anestesia da ilusão. Ser espírita é encontrar o tesouro da sabedoria. Reconhecemos que na luta cotidiana, na disputa social e econômica, financeira e humana do ganha-pão, esvai-se o entusiasmo, diminui a alegria do serviço, mas se permanecerdes fiéis, orando com as antenas direcionadas ao Pai Todo-Amor, não vos faltarão a inspiração, o apoio, as forças morais para vos defenderdes das agressões do mal que muitas vezes vos alcança. Tende coragem, meus filhos, unidos, porque somos os trabalhadores da última hora, e o nosso será o salário igual ao do jornaleiro do primeiro momento. Cantemos a alegria de servir e, ao sairmos daqui, levemos impresso no relicário da alma tudo aquilo que ocorreu em nossa reunião de santas intenções: as dores mais variadas, os rebeldes, os ignorantes, os aflitos, os infelizes, e também a palavra gentil dos amigos que velam por todos nós.

Confiando em nosso Senhor Jesus Cristo, que nos delegou a honra de falar em Seu nome, e em Seu nome ensinar, curar, levantar o ânimo e construir um mundo novo, rogamos a Ele, nosso divino Benfeitor, que a todos nos abençoe e nos dê a Sua paz. São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre, Bezerra."

AS VARIAS FACES DO ORGULHO

AS VÁRIAS FACES DO ORGULHO




Hoje vamos tratar especificamente desta chaga da humanidade denominada “Orgulho” e das suas diversas formas de se apresentar.



O Evangelho Segundo o Espiritismo já nos ensina que o Egoísmo e o Orgulho são os “pais” de todos os nossos males e que, portanto, todas as nossas necessidades de aprimoramento moral são “meras derivações” desses males.



Vejamos algumas faces, pelas quais o orgulho se nos apresenta:



. Na dissimulação, por não nos aplicarmos em sermos quem realmente somos, sem dissimulações e procurando nos amar como realmente somos;



. Na inveja, por não admitirmos que alimentamos tais sentimentos e por não procurarmos enfrentá-lo com determinação, humildade e dignidade;



. No melindre, por não suportarmos sermos criticados;



. Na indiferença, por não respeitarmos as ocasiões de sucessos e insucessos de nossos semelhantes;



. Na vaidade, por não nos aceitarmos como somos e por não procurar fazer o melhor que podemos para a nossa melhoria;



. No desprezo, quando não conseguimos compreender que na visão de Deus, tudo tem o seu devido valor, por mais difícil que seja compreendermos;



. No personalismo, por não praticarmos a abnegação em nossas atitudes;



. No preconceito, por não realizarmos análises flexíveis e imparciais;



. Na presunção, por não entendermos que a as opiniões das outras pessoas devem ser escutadas e estudadas, com o objetivo de contribuírem para a nossa evolução;



. Na pretensão, por não praticarmos o bem ao próximo sem esperarmos algo em troca;



. Na falsa modéstia, por não praticarmos a verdadeira simplicidade;



Somente a reforma moral, realizada à custa de muito esforço individual ao longo das nossas diversas encarnações, nos permitirá a gradual libertação deste quadro de dor, sofrimento e trevas.



O Pai, hábil médico das almas, nos proporciona as situações cotidianas e os amargos remédios necessários à nossa conscientização e mudança. Medicamentos e lições que nem sempre estamos dispostos a receber.



Jesus, humilde e caridoso por essência nos deixou os ensinamentos e os exemplos necessários à superação desses obstáculos à nossa evolução moral.



Esforcemo-nos por coloca-las em prática em nossa vida cotidiana!







TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA

TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA...




Hoje vou contar uma história. Era uma vez, num certo dia, há bilhões de anos, em que Deus, nosso Pai de amor e misericórdia, acordou com uma vontade incontrolável de criar novos mundos. Disse Ele então: Que se faça a luz!



Imediatamente, uma enorme bola de fogo se criou e dela se desprenderam diversos pedaços. Estava criado o Sol e os planetas do Sistema Solar. Ai, então, Deus pensou: Preciso arrumar gente pra botar ordem em toda essa bagunça que eu acabei de fazer. Para cuidar de um desses planetas, um tal de planeta Terra, Deus convocou Jesus, que já era um filho mais velho e mais experiente, e lhe disse: “Jesus, tome conta deste planeta pra mim. Ai será um local de provas e expiações!” Foi então que Jesus pensou: “Esse Deus me mete em cada encrenca! Mas não falou nada, afinal, ordem de Deus é pra ser cumprida!” Pensou ainda Jesus: “E esse negócio tá quente pacas! Acabou de sair do forno! Primeiro vou ter que esfriar tudo isso.”



E foi assim que Jesus, responsável pelo nosso planeta, planejou cada uma de suas etapas, até que o planeta estivesse em condições de receber a raça humana. E foram várias as etapas, cuidadosamente planejadas e executadas ao longo de bilhões de anos.



No momento adequado, Jesus envolveu, temporariamente, todo o planeta com uma substância chamada protoplasma, que combinada aos elementos que o planeta já continha, foi dando origem a vida de diversas espécies vegetais e animais, espalhadas por todo o planeta. No momento planejado Jesus comunicou a Deus, então, que o planeta já estava totalmente pronto para o surgimento da raça humana. Foi ai que Deus disse o seguinte: “Jesus, vou providenciar imediatamente a criação dos espíritos que vão habitar esse planeta. Todos terão em sua consciência as minhas leis, mas eles serão criados simples e ignorantes. A sua tarefa é devolvê-los a mim simples e moral e intelectualmente evoluídos.”



Jesus pensou: “Isso vai ser bico! Rapidinho vou estar bem com o Chefe!”



Algum tempo depois, conversando com os governadores de outros planetas, Cristo ficou sabendo que em Capela haveria certo "expurgo", pois tinha uma turminha lá que insistia em fazer coisas erradas. Jesus pediu então ao Governador de Capela, para receber no planeta Terra esses Capelinos rebeldes. A lógica era a seguinte: Eles podiam ser teimosos, mas iriam ajudar muito os habitantes da Terra do ponto de vista intelectual. A vinda desses capelinos para o nosso planeta impulsionou muito a evolução intelectual no planeta Terra. Eles também formaram vários povos, bem rapidinho. O homem desenvolveu a vida em grupos, as armas para caçar, o fogo, etc. Mas como nem tudo são flores, eles trouxeram também uma serie de vícios morais ao planeta.



Gradativamente Deus foi criando mais e mais espíritos e a população ligada ao planeta passou dos bilhões. Jesus foi se dando conta então de que botar a raça humana no trilho não seria uma tarefa tão fácil como ele tinha imaginado inicialmente. Aconselhou-se com Deus e Este disse: “precisamos por regras!”



Vou enviar os meus 10 mandamentos pra lá imediatamente. E assim procedeu. Mais algum tempo se passou e vendo que, apesar dos mandamentos de Deus a coisa aqui não mudava muito, Jesus pensou: “nada como o olho do dono para o negócio funcionar. Eu vou até lá pra ensinar umas coisinhas pra essa turma!”



E assim ele fez. Estando entre os homens, Jesus preocupou-se em deixar todo um legado de ensinamentos morais, calcados no amor e na caridade. Só aceitou ser chamado de Mestre, o único titulo que ele permitiu ser chamado, e resumiu as suas lições em uma pequena palavra de apenas quatro letras: O Amor! E sintetizou os seus ensinamentos em uma frase: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo!



Mas parece que a turma que estava encarnada naquela época não conseguiu entender muito bem qual era a de Jesus e resolveu se livrar dele. Como se isso fosse possível......



Foi ai que ele disse: “onde houver duas ou mais pessoas em meu nome lá eu também estarei”. Mas e se só tiver uma? Ele também lá estará, mas Cristo queria que nos reuníssemos em seu nome, por isso disse duas ou mais. No momento derradeiro, sabendo da nossa pouca evolução moral ainda, ele pediu ao Pai: "Perdoai-os Pai, pois eles não sabem o que fazem”.



Passaram-se mais de 2 mil anos da vinda de Jesus ao planeta e os seus ensinamentos ainda são pouco compreendidos e praticados. O problema é que embora lentamente, tudo deve evoluir e esta se aproximando o momento em que, a exemplo de Capela, o nosso planeta precisa mudar de estagio, deixando de ser um planeta de provas e expiações e passando a ser um mundo de regeneração.



E assim como aconteceu em Capela, quem não tiver evoluído o suficiente não vai poder ficar por aqui, sendo "realocado" a algum outro planeta compatível ao seu nível moral, nas milhões de moradas do Pai. E a mudança está próxima. Ramatis teoriza a verticalização do eixo da terra. (que já esta gradualmente acontecendo). Civilizações antigas têm seu calendário apontando para 2012. Teorias e especulações sobre o fim dos tempos não faltam, nas mais diversas culturas e religiões, mas assim como o circulo, o fim de um ciclo representa o inicio de outro.



E que seja um novo ciclo de paz, de evolução e de amor para toda a raça humana ligada ao planeta Terra.



O INSTINTO E A INTELIGÊNCIA

O INSTINTO E A INTELIGÊNCIA




Deparei-me recentemente com alguns vídeos recebidos via “e-mail” que apresentavam certos comportamentos intrigantes de certos animais. Em um desses vídeos o felino após atacar e matar uma macaca cuida do filhote, que nasce no momento do ataque sofrido pela mãe, como se fosse seu próprio filho. Intrigante ver um felino cuidando de um pequeno babuíno, quando o “instinto” e a ação por nós esperada seria a do ataque e morte também do filhote.

Exemplos, tão ou mais intrigantes do que esse não faltam. Consultando a Gênese, me deparo com a seguinte questão:

Que diferença existe entre o instinto e a inteligência? Onde termina um e começa a outra? Será o Instinto uma inteligência rudimentar, ou uma faculdade distinta, um atributo exclusivo da matéria?

“O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos à realização de atos espontâneos e involuntários, em vista à sua conservação. Nos atos instintivos, não há reflexão, nem premeditação.....”

Nos ensina ainda a Gênese que: “O instinto é um guia seguro, sempre bom; num certo tempo, pode tornar-se inútil, porém jamais nocivo; enfraquece, pela predominância da inteligência.”

“A inteligência se revela por atos voluntários, refletidos, premeditados, combinados, segundo a oportunidade das circunstâncias. Incontestavelmente, isto é um atributo exclusivo da alma. Todo ato maquinal é instintivo; o que denota reflexão, combinação, uma deliberação, é intelectivo; um é livre o outro não o é. O instinto é um guia seguro, que jamais se engana; a inteligência, pelo fato de ser livre, é por vezes sujeita a erro.”

“Se observarmos os efeitos do instintivo, nota-se a princípio uma unidade de vista e de conjunto, uma segurança de resultados que não existem mais, desde que o instinto seja substituído pela inteligência livre; além disso, na adequação tão perfeita e tão constante das faculdades instintivas às necessidades de cada espécie, reconhecemos uma profunda sabedoria. Esta unidade de vistas não poderia existir sem a unidade de pensamento, e a unidade de pensamento é incompatível com a diversidade das aptidões individuais; somente ela poderia produzir este conjunto tão perfeitamente harmonioso que se estende desde a origem dos tempos e em todos os climas, com regularidade e precisão matemáticas, sem falhar jamais. A uniformidade no resultado das faculdades instintivas é um traço característico, que implica necessariamente na unicidade da causa; se esta causa fosse inerente a cada individualidade, haveria tantas variedades de instinto quantos indivíduos há, desde a planta até o homem. Um efeito geral, uniforme e constante, deve ter uma causa geral, uniforme e constante; um efeito que demonstra a sabedoria e a previdência deve ter uma causa sábia e previdente. Ora, uma causa sábia e previdente será necessariamente inteligente, e não pode ser exclusivamente material. Não se encontrando nas criaturas, encarnadas ou desencarnadas, as qualidades necessárias para produzir tal resultado, é preciso subir mais alto, isto é, ao próprio Criador. Se nos reportarmos à explicação que foi dada sobre a maneira pela qual se pode conceber a ação providencial (Cap.II, nº 24), se figurarmos todos os seres como penetrados pelo fluido divino, soberanamente inteligente, logo se compreenderá a sabedoria previdente e a unidade de vistas que presidem a todos os movimentos instintivos para o bem de cada indivíduo. Essa solicitude é tanto mais ativa quanto o indivíduo tenha menos recursos em si mesmo e em sua própria inteligência; é por isso que ela se mostra maior e mais absoluta com os animais e com os seres inferiores do que com o homem.”

Kardec reconhece a complexidade do tema ao concluir que: “Todas essas maneiras de considerar o instinto são necessariamente hipotéticas, e nenhuma delas tem um caráter suficiente de autenticidade para ser dada como solução definitiva. A questão será certamente resolvida algum dia, quando se houver reunido os elementos de observação que agora ainda faltam; até então, é preciso que nos limitemos a apresentar as opiniões diversas ao cadinho da razão e da lógica e aguardar que se faça a luz; a solução que mais se aproxima da verdade será necessariamente aquela que melhor corresponda aos atributos de Deus, isto é, à sua soberana bondade e à sua soberana justiça (Cap. II, nº 19).”



AFINIDADE

AFINIDADE


Segundo Arthur da Távola: “Afinidade é um dos poucos sentimentos que resistem ao tempo e ao depois. Não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido. Ter afinidade com alguém é muito raro. Mas, quando existe, não precisa de códigos verbais para se manifestar. Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. Afinidade é sentir com, não é sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber."

Segundo a Doutrina Espírita, somos seres imortais, o que significa dizer que tivemos um início no momento em que fomos criados por Deus, mas não teremos fim. Estamos “fadados” à felicidade infinita ao lado do Criador, mas Deus quer que nós mesmos “modelemos a nossa argila”. É por esta razão que vamos, lenta e gradualmente, evoluindo moral e intelectualmente por meio do processo da reencarnação.

Mas qual é o vínculo então entre a frase de Arthur da Távola e o conceito das reencarnações sucessivas descritas no parágrafo acima?

Muito simples; Ao longo das diversas existências corpóreas, tivemos e teremos a oportunidade de nos relacionarmos com uma infinidade de pessoas. Por afinidade, nos ligamos a muitas dessas pessoas ao longo dessas diversas experiências. Muitas delas já foram nossos parentes ou amigos próximos em existências passadas; com outras, no entanto não conseguimos ainda desenvolver o mesmo grau de afinidade. Talvez esse seja o fato que explique o porquê muitas vezes ao conhecermos certas pessoas tenhamos a impressão de que já somos amigos há muitos e muitos anos, enquanto em relação a outras sentimos repulsa. Seriam esses nossos inimigos do passado? Ou estariam essas pessoas simplesmente vibrando em uma faixa diferente da nossa?

Como nos explica o Evangelho Segundo o Espiritismo: Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consangüíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências. (Cap. IV, nº 13.)



Nos ensina ainda o Evangelho: Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe. A hostilidade que lhe moviam seus irmãos se acha claramente expressa em a narração de São Marcos, que diz terem eles o propósito de se apoderarem do Mestre, sob o pretexto de que este perdera o espírito. Informado da chegada deles, conhecendo os sentimentos que nutriam a seu respeito, era natural que Jesus dissesse, referindo-se a seus discípulos, do ponto de vista espiritual: "Eis aqui meus verdadeiros irmãos." Embora na companhia daqueles estivesse sua mãe, ele generaliza o ensino que de maneira alguma implica haja pretendido declarar que sua mãe segundo o corpo nada lhe era como Espírito, que só indiferença lhe merecia. Provou suficientemente o contrário em várias outras circunstâncias.

POR QUE DOUTRINA ESPÍRITA?





Ainda existe, apesar de toda literatura atualmente disponível, certa falta de informação e/ou confusão quando o tema é a Doutrina Espírita. Para melhor entendermos esses conceitos, precisamos primeiro conhecer Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita.

E o que significa Codificar uma Doutrina?

Codificar significa reunir, agrupar em um único lugar os conhecimentos relacionados a certo tema. Kardec não criou a Doutrina Espírita, mas, por assim dizer, organizou o ensinamento recebido dos Espíritos em diversos livros. Os principais, aqueles que compõem o Pentateuco da Doutrina Espírita são “O Livro dos Espíritos”, “O Evangelho Segundo O Espiritismo”, “O Livro dos Médiuns”, “A Gênese” e “O Céu e o Inferno”. Há ainda outros livros relacionados ao tema, com destaque para “A Revista Espírita”, mas os principais são esses que compõem o chamado Pentateuco. Se você quer se informar mais sobre a Doutrina Espírita, deve ler e estudar, no mínimo esses cinco livros.

Por que Allan Kardec atribuiu o nome de Doutrina Espírita?

A Doutrina é dos Espíritos. E isso porque foi revelada por eles, a muitos médiuns, em inúmeros lugares, simultaneamente:

"(...) a Doutrina dos Espíritos não é de concepção humana. Foi ditada pelas próprias inteligências que se manifestam, quando ninguém disso cogitava, quando até a opinião geral a repelia. (...) Perguntamos ainda mais: por que estranha coincidência milhares de médiuns espalhados por todos os pontos do globo terráqueo, e que jamais se viram, acordaram em dizer a mesma coisa?"



Allan Kardec não aceitava tudo que vinha dos Espíritos - nem recomenda que o façamos -, submetendo seus ensinos ao crivo da razão, aplicando o preceito de Jesus:

"Meus bem-amados, não creiais em qualquer Espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus, porquanto muitos falsos profetas se têm levantado no mundo." (I Jo, 4:1)

Kardec utilizou na Codificação do Espiritismo o "Controle universal do ensino dos Espíritos", conforme se lê em "O Evangelho Segundo o Espiritismo" item "2 - Autoridade da Doutrina Espírita".



Afirmou ser progressiva a Terceira Revelação, mas publicou - "Revista Espírita", agosto/1861, mensagem "Da influência moral dos médiuns nas comunicações", Espírito Erasto: "Mais vale repelir dez verdades que admitir uma só mentira, uma só teoria falsa." Máxima também repetida em "O Livro dos Médiuns"

Em muitas partes de sua obra, o codificador recomenda-nos submeter a um exame severo as comunicações dos Espíritos, como, por exemplo, nos itens 266 e 267, de "O Livro dos Médiuns".

Desaconselhável, pois, a crença cega no que dizem os mentores. O ideal é estudar mais e buscar respostas nas obras confiáveis, já existentes, transmitidas por médiuns de reconhecida idoneidade.

A Doutrina Espírita não é obra acabada, nem tampouco se encontra sedimentada em verdades absolutas. É uma Doutrina em constante evolução e requer dos seus seguidores e simpatizantes empenho nos estudos e constante atualização.







APOMETRIA E ESPIRITISMO

APOMETRIA E ESPIRITISMO




Tentarei, neste artigo, demonstrar as principais razões que fundamentam a conclusão de que Apometria não pode ser classificada como uma técnica alinhada com os princípios da Doutrina Espírita.

Para podermos melhor entender no que consiste esta prática, vamos analisar certas afirmações da Apometria frente à razão.

Segundo a definição de alguns dos seus defensores, a Apometria seria um passo avançado do Movimento Espírita, considerando então que o seu codificador, Allan Kardec, já estaria ultrapassado. No entanto, cabe salientar que a técnica da Apometria tem como foco principal o afastamento de obsessores. Observemos que a Doutrina Espírita, quando analisada no tripé de Ciência, Filosofia e Religião, é infinitamente mais ampla, não sendo, portanto, Apometria e Espiritismo “coisas” comparáveis, sob essa ótica. Referindo-se ao Espiritismo, Allan Kardec nos indaga em “O Livro dos Espíritos”: "Como pretender-se em algumas horas adquirir a Ciência do Infinito?"

A mediunidade não é patrimônio exclusivo da Doutrina Espírita e muitas práticas alheias ao Espiritismo a utilizam. A Apometria afirma que, após submetidos à técnica, os nossos adversários (obsessores) seculares concederiam o perdão quase que instantaneamente. Afirmam os defensores da Apometria que pela técnica do desdobramento e o uso de pulsos de energia, a entidade espiritual sofredora e vingativa é transportada no tempo, ao passado e ao futuro, perdoando em poucos segundos, esquecendo o ódio de séculos ou milênios. Essa afirmação contraria à própria natureza humana e a necessidade de reforma íntima.

Outro fato a ser analisado com ainda mais critério e cuidado por não encontrar qualquer respaldo na Doutrina Espírita, seria a afirmação de que há, na Apometira, a incorparação de vários “corpos”, de uma só personalidade, encarnada ou não, em vários médiuns que sofrem um processo de doutrinação coletiva e simultânea, na “manifestação desses corpos”.

Na aplicação das técnicas da Apometria, o diálogo construtivo e fraterno, normalmente adotado pelos “doutrinadores espíritas” nos trabalhos de desobssessão, foi substituído por muita sonoridade e gesticulação espalhafatosa, sob a argumentação de que o som serve de veículo para a energia.

Essa argumentação é também totalmente incompatível com a filosofia espírita, onde o trabalho desenvolvido é antes de tudo, por assim dizer, mental.

De acordo com a Apometria, obsessores arrancados do campo mental do obsediado "a fortiori" seriam enviados a dimensões extra-físicas. Lembramos, no entanto, que a ausência de amparo aos nossos irmãozinhos enfermos, em certos casos, apenas determinará a mudança de local dos obsessores, podendo ainda propiciar a admissão de novos “inquilinos” na “casa mental” desocupada do obsediado.



Lembra-nos ainda Kardec, em “O Livro dos Médiuns” que: "Não imaginais o que se pode obter numa reunião séria, de onde se haja banido todo sentimento de orgulho e de personalismo e onde reine perfeito o de mútua cordialidade."

A apometria, especialmente por suas leis e rituais, não é técnica que se enquadra nos princípios doutrinários espíritas, codificados por Allan Kardec não sendo, portanto, uma prática Espírita.







DIFERENÇAS ENTRE RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE

Diferenças entre Religião (Institucional) e Espiritualidade




Religião não é apenas uma, são centenas de instituições.

Espiritualidade é apenas uma – uma percepção, uma sensibilidade.

Religião é para os que ainda “dormem”.

Espiritualidade é para os que já “despertaram”.



Religião é para aqueles que necessitam que lhes diga o que fazer, que ainda necessitam de ser guiados.

Espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.

Religião tem um conjunto de regras dogmáticas.

Espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo.

Religião não indaga, nem questiona.

Espiritualidade questiona tudo.

Religião inventa (dogmas).

Espiritualidade descobre.



Religião pode impor, ameaçar e amedrontar.

Espiritualidade te dá Paz Interior.

Religião fala de pecado e de culpa.

Espiritualidade te diz: “aprende com o erro”.



Religião reprime, pode te fazer falso.

Espiritualidade transcende e te faz verdadeiro!

Religião (institucional) não é Deus, é meio.

Espiritualidade é Tudo e, portanto, é Deus.



Religião é humana, é uma organização com regras.

Espiritualidade é Divina, com princípios naturais.

Religião é causa de divisões.

Espiritualidade é fator de união.



Religião te busca para que nela acredites.

Espiritualidade – tu tens que buscá-la.

Religião segue os preceitos de um livro sagrado.

Espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.



Religião se alimenta da anti-crítica, da “consciência pesada”, dos clichês mentais e do medo.

Espiritualidade se alimenta da Confiança e da "Fé" (naturais - não dogmáticas).

Religião faz viver restrito ao pensamento estereotipado.

Espiritualidade faz Viver na Consciência.



Religião se ocupa com parecer, conforme modelo.

Espiritualidade se ocupa com Ser.

Religião alimenta o ego.

Espiritualidade nos faz transcender nosso ego.



Religião nos leva a renunciar ao mundo, independente do que é bom ou mal, natural ou artificial.

Espiritualidade nos faz viver a Obra de Deus, não renunciar a Ela.

Religião é adoração (fé dogmática).

Espiritualidade é Meditação/Mentalização (fé natural).



Religião sonha com glória e com paraíso idealizados.

Espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.

Religião vive no passado e no futuro.

Espiritualidade vive o presente.



Religião enclausura nossa mente e coração.

Espiritualidade liberta nossa consciência e sentimento.

Religião fala de vida eterna como recompensa.

Espiritualidade nos faz consciente da Vida, agora e no futuro.



Religião promete para depois da morte...

Espiritualidade é, transcendendo o fenômeno natural da morte, encontrar Deus em Nosso Interior, desde já.



Autor desconhecido